"Um ano depois de perder a casa popular doada pela prefeitura e que quase desabou, a servente Virgínia Rangel Gomes, 44 anos, voltou ao local. Na Rua Cinco do conjunto popular do Parque Santa Clara, ela encontrou uma nova família.
“Eu morei menos de um mês nesta casa. Nos primeiros dias, o azulejo do banheiro começou estourando, as paredes rachando. Depois foi o piso que rachou e o teto que quase desabou”, lembra Virgínia.
Ela e o marido, que na época era vivo, moraram dois meses no Pálace Hotel, custeados pela prefeitura de Campos. Até que ela ganhou outra casa, no mesmo conjunto onde vive até hoje. Na nova casa também há rachaduras, porém menores. Segundo Virgínia, operários da construtora responsável pela obra estiveram no local e vedaram as rachaduras.
O problema é recorrente. Em julho do ano passado, o Jornal Terceira Via ouviu vários moradores de casas populares que passaram pelo mesmo problema.
Virgínia conta que morava com o marido em uma casa grande na margem da Lagoa do Vigário no Jardim Carioca, em Guarus. Ela disse que não pediu casa à prefeitura e que preferia continuar morando no Jardim Carioca. Mas como a casa ficava em uma área de risco, a prefeitura providenciou a transferência para uma casa popular.
“Eu e meu marido tivemos tanto aborrecimento desde que tivemos de nos mudar pela primeira vez. E depois fomos para o hotel e em seguida para a nova casa. Ele começou a desenvolver um problema cardíaco até que infartou e morreu”.
Virgínia lembra ainda que de tantas mudanças que enfrentou, perdeu grande parte dos móveis da casa. Ela alega que só o que sobrou foi um rack e o fogão. Devido às perdas, Virgínia entrou na Justiça contra a construtora por danos e espera receber uma indenização pelos prejuízos contabilizados.
“É uma pena que meu marido não vai estar aqui pra ver essa vitória”.
Assim como Virgínia, aproximadamente outras dez famílias passaram por problemas semelhantes entre as 5.426 casas populares entregues pela prefeitura, segundo a Defesa Civil.
A falha na construção poderá continuar acontecendo já que está em andamento um processo para construção de mais 4.574 casas nos moldes semelhantes.
De acordo com a secretaria de obras, a falha foi da empresa construtora que foi obrigada a refazer as casas sem gerar custos para a prefeitura".
As informações são do Jornal Terceira Via.
Grandes gastos com obras baratas. O resultado não podia ser outro. Agora perguntamos aos responsáveis , não aos construtores, mais ao departamento de obras da PMCG. Onde está a fiscalização daquilo que foi contratado? Ou será que não tem fiscalização para poder lavar as mãos quando o problema surge? Ou o problema existe já de uma maneira combinada, barateando o custo?
ResponderExcluirINFELISMENTE TEMOS MUITO DISSE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES,TIVE OPORTUNIDADE DE TRABALHAR EM UM CANTEIRO DE OBRA COMO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO POR UMA EMPRESA QUE PRESTAVA SERVIÇO PARA A ODEBRECHT EM CAMPOS. AS CONDIÇÔES ERAM MUITO RUINS CASA PRÉ MOLDADAS,COM PLOBLEMAS DE INFRAESTRUTURA TANTO DE BASE QUANTO DE ELÉTRICA,ENCANAMENTO. MUITAS RECLAMAÇÔES.
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