sábado, 23 de maio de 2015

Jornal 'O Dia' noticia movimento dos professores municipais de Campos


"A baixa arrecadação e os cortes nos orçamentos já provocam crises e greves também nas escolas de alguns municípios do Rio. Em Campos, no Norte Fluminense, e em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, os professores fizeram ontem protestos nas sedes das respectivas prefeituras devido às perdas salariais.

Na cidade de Campos, 90% da categoria entraram em greve na semana passada. A principal reivindicação é que a prefeitura recomponha os salários com base na inflação do último ano. Os professores alegam que o município oferece apenas um aumento de 10% no atual abono para os educadores que trabalham em sala de aula. A proposta exclui os funcionários que não trabalham em sala em aula.

“Não foi oferecido nada. E o abono, do mesmo jeito que eles dão, eles tiram”, afirma a professora da rede Luciana Eccard.

No fim da tarde de ontem, os professores fizeram, na praça central da cidade, um ato que terminou com uma caminhada até a sede da prefeitura. O grupo, de quase quatro mil pessoas, decidiu acampar no jardim em frente ao prédio. “Quando a prefeita foi afastada, ela acampou aqui. Nós estamos fazendo o mesmo que ela fez”, afirmou Luciana.

A prefeitura de Campos é administrada por Rosinha Garotinho, ex-governadora do Rio e mulher de Anthony Garotinho, também ex-chefe do executivo estadual. Em 2010, ela foi afastada do cargo por abuso de poder econômico, mas retornou alguns meses depois por outra decisão do TSE.

O sindicato também colocou em pauta a necessidade de concurso público para todos os funcionários, merenda escolar de qualidade, melhoria da infraestrutura em todas as instituições, material didático de melhor qualidade pedagógica e incorporação da gratificação nos salários dos profissionais.

Luciana relatou também que o plano de saúde dos funcionários foi cortado e explicou que, atualmente, os educadores têm faltas médicas cortadas. Além disso, as escolas municipais que ficam em regiões rurais estão funcionando sem vigias, porteiros ou funcionários de limpeza. “As escolas estão caindo aos pedaços e ainda temos que enfrentar tudo isso sem recomposição salarial”, criticou ela.

Procurada sobre a greve, a prefeitura não retornou aos contatos da reportagem".

A matéria completa pode ser lida AQUI

Professores de Campos no CESEC sem previsão de saída



Nesse momento um grande número de professores da rede pública municipal de Campos dos Goytacazes está dentro e fora do Cesec.

O clima está quente, mas nenhuma tumulto até o presente momento.

O comando de greve só aceita conversar com Rosinha

A odontologia pública de Campos e os repasses do governo federal


Pelo visto, a crise no setor odontológico da Prefeitura de Campos poderia ter sido minimizada há bastante tempo

O estado crítico da Odontologia Pública - narrado na última Coluna "Política em Destaque" - se torna mais grave ainda quando nos deparamos com alguns números de repasses feitos pelo Fundo Nacional de Saúde para a administração da prefeita Rosinha.

Podemos citar inicialmente o “Brasil Sorridente” que é um programa que visa garantir a promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população e é feito por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

Nos anos de 2010, 2011 e 2012, o Fundo Nacional de Saúde repassou a importância de R$ 565.770,00 (quinhentos e sessenta e cinco mil setecentos e setenta reais) referente ao “Brasil Sorridente” e, pelo visto, na prática, a população não está usufruindo de forma adequada.

Além disso, causa espanto o fato de que não consta no site do Fundo Nacional qualquer repasse referente aos anos de 2013, 2014 e 2015 - o que precisa ser explicado pelo representante do setor de odontologia e também pela prefeita Rosinha. Qual foi o problema que gerou a suspensão dos repasses?

Com relação à implantação do Centro de Especialidade Odontológica (CEO), o Fundo Nacional de Saúde repassou somente o mês de Novembro (único repasse), o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Nesse contexto, precisamos questionar se a aplicação dessa verba já foi feita e quais benefícios diretos os usuários do serviço odontológico público tiveram.

Em relação ao ESF (Estratégia Saúde da Família), segundo o site da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, de acordo com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, a Prefeitura já reativou a ESF em onze locais, visando o fortalecimento da Atenção Básica.

Porém, o que não foi relatado pelo secretário de saúde é que o Fundo Nacional repassou para o programa ESF, no ano de 2014, a quantia de R$ 124.000,00 (cento de vinte e quatro mil reais) e, em 2015, R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil), somente nos primeiros cinco meses do corrente ano.

Vale destacar que os valores referentes ao ESF - citados e correspondentes a 2014 - não representam os doze meses do ano e, mesmo assim, a soma 2014/2015 é de R$ 344.000,00 (trezentos e quarenta e quatro mil reais).

Pelo visto, esses valores somados às demais verbas de repasse não traduzem, na prática, a realidade da odontologia pública de nosso município.

As fotos divulgadas nas redes sociais comprovam um cenário desolador em que profissionais e pacientes estão sendo submetidos a um sistema que inviabiliza qualquer progresso na área de saúde bucal.

Pelo visto SORRIR em Campos dos Goytacazes é tarefa árdua e um privilégio para poucos.

Cláudio Andrade

Rosinha sanciona Lei do Disque Denúncia de autoria do vereador Mauro Silva




Foi publicado nesta quinta (21) no Diário Oficial do município a Lei de divulgação do “Disque-Denúncia” no âmbito do Município de Campos dos Goytacazes.

A lei prevê que o número deverá ser fixado em destaque nos órgãos da Administração Pública e no vidro traseiro dos coletivos urbanos .

Blog do vereador

Aos pais que possuem filhos na rede pública de educação


Pai que tem filho na rede pública NÃO quer seu filho comendo mal;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer a escola sem vigia;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer escola sem porteiro;
Pai que tem filho na rede pública NÃO quer escola furtada por não haver segurança;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer livro da ‘expoente’ desconexo, quando o MEC oferta de graça;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer escola com goteiras e paredes caindo aos pedaços;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer que os uniformes e materiais didáticos cheguem durante o ano letivo;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer que o índice do IDEB da escola de seu filho seja a penúltima no Estado do Rio;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer professor sem qualificação e sem reajuste salarial aos índices inflacionários;

Pai que tem filho na rede pública NÃO quer que a educação municipal de Campos continue sendo tema secundário;

Pai que tem filho na rede pública NÃO tem condições de colocar filhos em escolas privadas de mensalidades altas;

Pai que ama seu filho e quer o melhor para ele apóia a GREVE e fica ao lado dos PROFESSORES.

Cláudio Andrade.

Fotos provam o caos estrutural na rede de ensino municipal de Campos





Assunto comum nos últimos dias, a greve dos professores das escolas municipais de Campos ganhou adesão de 95% da categoria, segundo informações do comando do movimento. Mas, o que algumas pessoas ainda não sabem é que além de pedir melhores salários, os docentes exigem também melhores condições nas escolas onde trabalham. O jornal Terceira Via conseguiu fotos de várias escolas da rede pública da cidade que mostram a situação destes locais.

No Ciep Arnaldo Viana, no bairro Parque Aurora, as imagens mostram parte do esgoto que passa dentro da cozinha. Segundo funcionários, a água da pia é esgotada pelo local, que às vezes até transborda. Ainda segundo os funcionários, quem também passa pelo espaço do esgoto são ratos, vistos com frequência por lá.

Na escola Municipal Professor Fernando de Andrade, no bairro Parque Guarus, é possível ver salas de aula e corredores com goteiras. Em outra parte, pedaços de madeira boiam em uma área alagada ainda próximo da sala de aula. E quem vai deixar um filho na Creche Bruno da Silva Macabu, no bairro Jardim Boa Vista, se depara com uma montanha de entulho e lixo. Para piorar, um gato morto também foi deixado no local.

Na Escola Municipal João Batista de Azeredo, em Travessão, o problema é com o esgoto que transborda com frequência e atrai insetos e roedores. Na Escola Municipal José Giró Faísca, também em Travessão, os professores apontam vários problemas. O principal deles é o espaço inadequado. As aulas acontecem em um prédio alugado que já foi um posto de saúde e cada sala consegue atender, em média, apenas dez alunos. Além disso, a caixa de gordura da cozinha transborda com frequência.

No Jardim Carioca, a Escola Municipal Santo Antônio tem fechaduras e armários arrebentados, paredes com infiltrações, armários sem porta, e até uma janela fora do lugar - o que oferece risco para os estudantes.

Já a Escola Municipal Professor Carlos Bruno Ribeiro do Amaro, na área rural, tem dois banheiros, sendo que um está com defeito. Por lá, os professores reclamam do espaço reduzido e do mau estado de conservação das instalações. Pelas fotos também é possível ver fiações expostas e mofo no banheiro.

A reportagem do Terceira Via também recebeu outras fotos, mas por medo de represálias, os funcionários das escolas não citaram seus nomes. Nestes locais, muros e paredes estão rachados e com infiltrações, além de ter janelas com vidraças quebradas.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a Prefeitura de Campos, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões para este fato.

Priscilla Alves

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Professores de Campos não recuam e greve é mantida


Greve dos professores mantida até sexta-feira, com ato na praça São Salvador também na sexta, às 15h.

PR de Campos recebe doações vedadas por lei e TRE-RJ suspende repasse


As contas do exercício financeiro de 2012 do diretório municipal do Partido da República (PR) em Campos dos Goytacazes foram julgadas desaprovadas, na sessão desta quarta (20). A decisão do TRE-RJ confirma a sentença da 75ª ZE e impede que os diretórios nacional e regional do partido repassem cotas do fundo partidário à agremiação por um ano, de acordo com a legislação eleitoral vigente.

Os membros do TRE-RJ rejeitaram as contas, após a comprovação de que o partido recebeu contribuições e doações de fontes vedadas por lei, de pessoas ocupantes de cargos em comissão ou funções da Administração Direta, Indireta e Fundacional que têm a condição de autoridade, como secretário municipal, presidente de Fundação ou de Empresa Pública, conforme análise das folhas de pagamento do município, que discriminaram os valores recebidos indevidamente, bem como identificou os doadores.

Processo relacionado: RE 685

Fórum dos Direitos LGBT realizado em São João da Barra‏


Discutir políticas públicas e promover a interlocução entre a sociedade civil e o movimento LGBT, com ênfase na diversidade e enfrentamento da homofobia em suas diferentes expressões, foram os objetivos 1º Fórum Municipal de Direito LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), na terça-feira, 19, em São João da Barra. Realizado pela secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, o evento aconteceu durante todo o dia no Auditório Municipal e contou com a presença de representantes do Conselho Regional de Serviço Social e de integrantes de todas as secretarias da administração municipal.

Pessoas de renome na área, assim como pesquisadores e escritores, palestraram durante o Fórum e trocaram experiências com o público presente. O doutorando em Sociologia Política, Fábio Pessanha, abordou o tema “O movimento e a luta por direitos LGBT: o reconhecimento da diferença no campo social e jurídico brasileiro”. Doutorando em História, Rafael França proferiu sobre “Identidade travesti em suas trajetórias e interpretações”. A integrante do Centro de Cidadania LGBT Leste, Kathyla Katheryne, falou sobre “Violência e cidadania trans, avanços e vulnerabilidades”.

Outros assuntos abordados durante o encontro foram a importância da participação social na construção de políticas públicas e defesa de direitos LGBT, com a coordenadora do Centro de Cidadania LGBT do Rio de Janeiro, Sheila Corrêa, e o acesso igualitário aos serviços públicos, com o Superintendente Estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Programa Rio sem Homofobia, Claudio Nascimento.

– Contamos com importantes discussões que permeiam as políticas públicas, performance de gênero e lutas sociais. Isso tudo é dever da gestão pública e direito de nossa população – disse a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de São João da Barra, Swany Gomes.

Na opinião do palestrante Fábio Pessanha, é muito importante que o município esteja abrindo portas para discussões sobre o tema e esteja se preocupando em realizar políticas públicas para o bem estar do público LGBT. Além das palestras aconteceram oficinas sobre: Abuso de direitos – o não acesso a políticas públicas; Segurança pública/violência; Avanços legislativos em prol da população LGBT.

Assecom da Prefeitura de SJB

Sinal vermelho na odontologia pública de Campos


Após o início da greve dos professores da rede de ensino municipal, agora são os dentistas que começam a perder a paciência e uma paralisação não está descartada.

Segundo informações obtidas por esta Coluna, a situação da rede municipal de Odontologia de Campos dos Goytacazes é crítica.

A falta de estrutura básica é séria, com rede sucateada, ausência de técnicos e peças para o conserto e a manutenção dos equipamentos.

Outro ponto grave é o número insuficiente de ASBs (Auxiliares de Serviço Bucal) que impossibilita ao dentista o exercício da função de forma eficaz em respeito aos usuários.
Segundo fontes, o receio de serem ‘relotados’ é uma constante e vem inibindo os dentistas de postularem, de forma pública e com mais intensidade, os seus direitos.

Os plantonistas estão trabalhando há quase três meses como (24 horas) e recebendo por apenas (20 horas) que é a carga que consta no edital do concurso. Detalhe, a administração do setor prometeu pagar as horas extras e até o momento não cumpriu o acordado.

Até o momento, o prejuízo devido ao não pagamento dessas horas extras é de aproximadamente R$ 1 mil para os plantonistas de 'semana' e um pouco mais para os que trabalham nos 'fins de semana'.

Um grupo de dentistas elaborou um memorando endereçado ao diretor responsável, o senhor Ivan Machado, contendo de forma discriminada todas as necessidades que a classe deseja para conseguir trabalhar de forma digna. Porém, até o fechamento dessa Coluna, não foram atendidos.

Vale dizer que no setor de ortodontia a situação é tão precária que se chegou ao ponto de não ser possível dar alta a alguns pacientes, pois não há condições estruturais.

Falta material e infraestrutura básica, pois há lâmpadas queimadas e cadeiras que não funcionam.

Em relação à manutenção dos aparelhos odontológicos, o quadro é surreal. A rede pública municipal possui 72 unidades básicas de saúde e apenas dois técnicos para vistoriar os aparelhos. Um deles está de licença, fazendo com que todo o serviço fique a cargo de apenas uma pessoa, o que é inadmissível.

Vale dizer que os setores auxiliares como radiologia e prótese - que também são de grande relevância - não funcionam há mais de oito meses.

O programa ESF (Estratégia Saúde da Família) até hoje não foi contemplado com as ASB (Assistentes de Saúde Bucal). E isso vem comprometendo, em demasia, a execução do programa.

Pelo visto, o município de Campos dos Goytacazes está diante de uma gestão odontológica que não preserva a saúde bucal e isso é inconcebível diante da importância dessa profissão e das doenças que podem ser geradas pelo mau cuidado com a boca.

Cláudio Andrade

terça-feira, 19 de maio de 2015

Senado aprova Fachin para o STF


O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (19), por 52 votos a favor e 27 contra, a indicação do advogado e professor Luiz Edson Fachin para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ter a indicação aprovada, Fachin precisava de pelo menos 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores.

A votação em plenário era a última etapa que faltava para que o jurista se tornasse apto a tomar posse como novo ministro no STF. A cerimônia de posse ainda será marcada pela presidência do tribunal.

G1

Entenda sete polêmicas envolvendo Luiz Edson Fachin, indicado ao STF


ADVOGADO E PROCURADOR

Fachin é acusado pelo senador Ricado Ferraço (PMDB-ES) de ter agido de forma ilegal ao atuar simultaneamente como advogado e procurador do Paraná, prática que era vedada pela Constituição do Estado quando ele assumiu o cargo.

Nomeado procurador no início da década de 1990, ele sustenta, porém, que, quando prestou concurso, não havia a proibição.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná e a Apep (Associação dos Procuradores do Estado do Paraná) apresentaram fundamentos jurídicos favoráveis à atuação de Fachin como advogado, afirmando que ele poderia advogar contanto que não atuasse contra os interesses do Estado.

COPEL

A segunda polêmica deriva da primeira. Alguns senadores do PMDB acusam Fachin de ter sido contratado como advogado privado para fazer o mesmo trabalho que já deveria realizar como procurador.

Em uma disputa judicial entre a Copel –empresa de energia elétrica paranaense de capital misto, controlada pelo governo do Estado– e a americana El Paso, o escritório de Fachin foi contratado em 2004 para representar a companhia brasileira.

No entanto, de acordo com uma lei estadual, cabe à procuradoria prestar consultoria jurídica à sociedades de economia mista do Estado. Como Fachin já era devidamente remunerado como procurador, não poderia, segundo seus críticos, ter sido contratado como advogado privado nesse caso.

Questionado, Fachin deu a seguinte resposta: "As sociedades de economia mista são mistas justamente porque têm ações em bolsa. Na área de mercado, contratam especialistas. Eu fui procurado nessa condição, essa arbitragem [internacional, em Paris] se deu na câmara de comércio. Do ponto de vista do resultado, acredito que tivermos resultado muito proveitoso para os acionistas dessa companhia".

ITAIPU

Críticos de Fachin também criticam a sua atuação em um processo contra o Estado brasileiro. O escritório do advogado foi contratado em ação envolvendo a empresa binacional Itaipu, da qual Brasil e Paraguai são sócios. Nesta ocasião, o advogado foi contratado para representar o lado paraguaio.

Como Fachin já era, na época, professor da Universidade Federal do Paraná, ele estaria proibido, segundo peemedebistas, de "aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro" por uma Lei que regulamenta o Estatuto dos Servidores Públicos Federais.

Em resposta, a assessoria do jurista explica que Fachin não foi contratado pelo Paraguai, mas pela empresa que gerencia Itaipu. Seu trabalho era garantir que ações contra a companhia, caso o governo do país vizinho fosse incluído como parte solidária, fossem julgadas pelo STF, foro previsto para causas que envolvam estados estrangeiros.

MULHER

O advogado atuou nos últimos anos em dezenas de processos abertos no Tribunal de Justiça do Paraná, onde sua mulher, Rosana Amara Girardi Fachin, é desembargadora desde 1999.
Nada impede que um advogado atue num tribunal onde um parente é juiz, mas casos como o de Fachin e sua mulher têm provocado controvérsia no Judiciário por criar situações com potencial para conflitos de interesse.

A assessoria de imprensa de Fachin afirmou que sua mulher evita julgar ações em que ele ou advogados ligados a ele tenham interesse, declarando-se impedida em todos os casos em que isso ocorre.

APOIO A DILMA

Fachin apoiou a candidatura de Dilma à Presidência em 2010 em vídeo postado na internet durante o segundo turno da campanha. Por isso, críticos do professor questionam sua independência.

O indicado disse que gravou o vídeo como representante de um grupo de juristas que apoiava Dilma. Ao se declarar "independente", contou ter feito campanha para José Richa ao governo do Paraná nos anos 80 –o pai do atual governador, Beto Richa (PSDB).

REFORMA AGRÁRIA

A ligação de Fachin com a questão agrária desagrada alguns parlamentares ruralistas. Ele é um dos formuladores de um plano de reforma que o então presidente José Sarney lançou em 1985.

Em 2008, Fachin assinou um manifesto de apoio ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na época alvo de uma ofensiva do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O documento defendia como "atos legítimos" as invasões de terra, descritas como "ocupações reivindicatórias".

Representantes do agronegócio veem Fachin como um amigo dos sem-terra e ameaçam barrar sua indicação. À Folha, a assessoria de Fachin afirmou que o advogado nunca trabalhou para o MST, não atuou como consultor de organizações sociais e nunca teve amizade com os líderes dos sem-terra.

Em sua sabatina, o advogado ressaltou ainda sua obediência ao direito da propriedade privada.

FAMÍLIA

Parlamentares evangélicos estão incomodados com opiniões de Fachin sobre questões de família.

O advogado defende estender o direito à pensão alimentícia às amantes e quer que direitos atribuídos a padrastos e madrastas sejam idênticos aos de pais e mães, entre outras inovações. Para a Associação de Direito de Família e das Sucessões, medidas como essas instituiriam uma espécie de poligamia consentida.

À Folha Fachin rejeitou essa interpretação e disse que não visa romper com o modelo monogâmico. "Admito apenas a proteção jurídica, individual, daqueles que não vivem sob esse modelo basilar."

Folha de São Paulo

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Assistência Social e Saúde realizam ação conjunta‏ em SJB


Equipe técnica e usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Atafona foram ao Calçadão Jair da Graça Raposo para mostrar à população sanjoanense um pouco da rotina e do dia a dia dentro do Caps. Eles se alongaram, cantaram, dançaram, produziram tapeçaria, pinturas e bijuterias, com o objetivo de mostrar que são capazes de conviver em sociedade e que devem ter seus direitos garantidos.

“ São João da Barra aderiu a Luta Antimanicomial por que todo cidadão tem o direito de ser livre e nós precisamos garantir esse direito. Hoje estamos mostrando para a sociedade que os usuários do Caps podem e devem viver da mesma forma que o resto de nós”, disse a secretária de Saúde, Denise Esteves.

Vale lembrar que São João da Barra está entre os municípios que mais reduziu o número de internações, chegando a 90%. Além do Caps, o município também dispõe do Serviço Especializado em Transtornos Decorrentes do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas e do Ambulatório Ampliado de Saúde Mental, todos localizados em Atafona.

Já a equipe técnica do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), foi às ruas panfletar e conscientizar a população de que qualquer abuso ou exploração sexual tem que ser denunciado para que os responsáveis paguem pelo crime que cometeram e as vítimas recebam tratamento adequado.

“Há poucas denuncias por parte da população, mas as pessoas não podem se calar diante de um crime tão brutal.”, disse a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Swany Gomes.

Swany também falou da importância dos pais ensinarem seus filhos a se defenderem diante de situações de risco e de ter uma conversa aberta sobre sexualidade, para que eles conheçam seu próprio corpo.

-Como denunciar abuso ou exploração sexual: A denúncia pode ser feita através do Disque Direitos Humanos, número 100, no conselho tutelar, delegacia e no Creas.

Secretaria de Comunicação Social
Rua Barão de Barcelos, 88 - centro
Telefone: 22-2741-7878 Ramal: 205

Os pais precisam visitar as escolas do município de Campos


Os representantes do governo municipal têm desgastado a classe de professores do município perante a sociedade. Os professores da rede, principalmente após as demissões em massa, estão entregues à própria sorte.

Segundo relatos recebidos por esta Coluna, as escolas estão desprovidas de vigias, porteiros, auxiliares de limpeza e inspetores.

Além do vergonhoso índice do Ideb (figuramos na penúltima colocação no Estado do Rio), vários questionamentos estão sendo feitos pela categoria e, até o presente momento, não são respondidos pelas autoridades competentes.

O material didático da Expoente (adquirido a ‘peso de ouro’ pela Prefeitura de Campos em detrimento aos oferecidos gratuitamente pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura) já chegaram a todas as escolas? Os livros contidos nesse material, oriundos do Estado do Paraná, contemplam a realidade educacional de nosso município?

Com relação aos auxiliares de turma, eles já possuem capacitação? Por que não foram chamados com antecedência para que no dia dois de fevereiro pudessem estar laborando? Detalhe: quais os motivos de ainda não se ter auxiliar em todas as turmas de G1 (aquelas que são compostas por crianças de três a quatro anos)? Por acaso emanciparam as crianças?

O tema ‘materiais pedagógicos’ é outra questão espinhosa. Por acaso as escolas da rede já foram contempladas e as que já receberam os consideram de qualidade e suficientes para se exercer a arte de educar?

A realidade atual da educação municipal é temerária. Inadmissível os professores terem que fazer o serviço dos auxiliares de turma já que se trata de um claro desvio de função que nada tem de digno.

No que tange à segurança das crianças, a situação é ainda mais caótica. Diante da falta de porteiros, necessária se faz uma ação rápida dos responsáveis pela Educação, pois quem será o responsável por uma tragédia caso um menor saia da Unidade sem ser visto?

O caos ora apresentando afeta também o bolso dos professores. Segundo informações, eles estão com as carteiras de passe livre vencidas, o que gera uma despesa extra para o corpo docente e que pesa muito no orçamento.

Diante desse triste cenário, entendo como importante e salutar os pais de alunos visitarem as dependências das escolas para constatarem a situação precária da estrutura física de várias creches e escolas.

Em muitas delas, os trabalhos estão sendo realizados em casas alugadas. Muitas, segundo denúncias, com esgoto ‘a céu aberto’, paredes mofadas, banheiros quebrados, goteiras, falta de ventiladores, cadeiras velhas e destruídas pela ação do tempo.

.O educador Paulo Freire já dizia que seria uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes (acrescento o Poder Público) desenvolvessem uma forma de Educação que permitisse às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de forma crítica.

Hoje, no município de Campos dos Goytacazes, além de termos que aturar versões oficiais fantasiosas, estamos impedidos de intelectualizar as classes menos favorecidas, o que é uma ameaça para o progresso.

Lamentavelmente, em nossa cidade, a ordem é não ao progresso! Porque assim, é mais fácil desgovernar.

Cláudio Andrade