O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), entregou uma carta aos cuidados de Dilma Rousseff nesta segunda-feira (7). O teor do documento gerou novo embate de versões entre aliados da petista e do peemedebista.
Temer ficou incomodado com as versões de que havia pregado o rompimento entre o PMDB e o governo e decidiu expor seu ponto de vista nas redes sociais. A íntegra da carta não foi disponibilizada, mas o vice fez comentários a respeito na internet.
Em entrevista ao "O Dia" nesta segunda (7), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), declarou que "vice não é para conspirar" –uma crítica ao posicionamento de Temer diante da iminência de um impeachment contra Dilma.
Segundo aliados, Temer "se surpreendeu" ao ver que o texto escrito "em caráter pessoal" para a presidente foi "vazada" pelo Planalto. Pessoas próximas à petista, no entanto, atribuem a divulgação da existência do documento ao PMDB.
A Folha apurou que Temer, ao falar sobre o assunto, esclarecerá que "não deu publicidade" à carta e que, "surpreendido" com sua divulgação, resolveu fazer esclarecimentos.
"Diante da informação de que a presidente o procuraria para conversar, Michel Temer resolveu apontar por escrito fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB", diz o texto de esclarecimento publicado pelo vice.
"[Temer] Não propôs rompimento entre partidos ou com o governo. Exortou, pelo contrário, a reunificação do país, como já fez em outros pronunciamentos", afirmará o texto.
A mensagem, por fim, sustenta que a discussão deve ser mantida como o proposto inicialmente: "Pessoal e privada".
Folha de SP
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