As eleições gerais estão se aproximando e quatro candidatos ao Governo do Estado do Rio de Janeiro - que são Anthony Garotinho, Marcelo Crivella, Luiz Antonio Pezão e Lindbergh Farias - encontram-se mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto.
Nos projetos para uma eventual gestão a partir de 2015, todos apresentam soluções para as áreas de Saúde, Educação, Transporte e Segurança - umas surreais e outras sem perspectivas econômicas de serem realizadas. Os demais dados dos projetos: apenas ctrl+c, ctrl+v.
A minha preocupação, que redundou nesse artigo, é a total falta de meta para o norte fluminense, notadamente Campos dos Goytacazes, uma das mais importantes cidades do nosso Estado.
Quando Garotinho foi eleito governador, muitos pensaram que teríamos um Chefe de Executivo que focaria na nossa terra. Pois é. Garotinho, na ânsia de levar à frente sua ambição de ser presidente da República, deixou o cargo antes do fim e como legado para nós restou uma Casa de Custódia.
Rosinha Garotinho também levantou as esperanças do Norte Fluminense mas, enquanto governadora, o legado de maior destaque foi a ponte Leonel Brizola, erroneamente chamada de “Ponte Rosinha”.
No pleito que se aproxima, não há nada de substancial para o nosso município nos projetos dos principais candidatos. A UENF e os demais órgãos estaduais estão carecendo de quase tudo. Esse abandono já vem de longa data e não afasta as responsabilidades de quaisquer dos últimos gestores.
Trata-se de uma situação incômoda uma vez que o nosso município tem um grande potencial, mas sem uma visão gestora técnica e responsável. E mais: um celeiro de pessoas amontoadas e sem força para resistir ao crescimento econômico que chega com o Porto do Açu.
Nosso município não pode mais ser uma terra onde os políticos de dentro e de fora sugam os votos e os royalties e depois de saciados, desaparecem deixando-nos desabrigados e carentes de um “up” estrutural.
Sabemos bem que não é tarefa fácil mudar a situação fática de uma região; porém, com tantos outros municípios de maiores colégios eleitorais, entendo que Campos dos Goytacazes, mais uma vez, será deixada de lado quando o próximo governador assumir o Palácio Guanabara.
As esporádicas visitas dos postulantes à nossa terra são de praxe e exigidas pelos partidos. A vontade deles era estar em São Gonçalo, Duque de Caxias ou Niterói, por exemplo: municípios com número de eleitores superior ao de Campos dos Goytacazes.
Nosso município tem uma história digna de livros e poemas mas, aos olhos dos governantes, ainda é um picadeiro, onde eles são os adestradores e nós, os animais domesticados e sonhadores.
Cláudio Andrade
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