A deputada federal e candidata à reeleição Jandira Feghali (PCdoB) negou-se a cumprir decisão da coordenadora estadual da fiscalização da propaganda, juíza Daniela Barbosa, de interromper um ato partidário que reuniu 7 mil pessoas na casa de espetáculos Via Show, em São João de Meriti, Baixada Fluminense, apoiando as candidaturas do senador Lindbergh Farias (PT), ao governo, e do deputado federal Romário (PSB), ao senado. Os responsáveis pelo evento e a deputada, que incitou militantes a hostilizar fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, vão ser processados por descumprimento da ordem judicial. Como possui mandato eletivo, Jandira Feghali não pode ser presa em flagrante.
O ato foi convocado nas redes sociais para lançar a "frente popular", formada por PT, PV, PCdoB e PSB, mas a legislação proíbe encontros partidários abertos ao público. Os fiscais foram hostilizados e impedidos de entrar na casa de shows pela multidão, que iniciou um quebra-quebra com lançamento de gás de pimenta e tumulto generalizado. Em menor número, a fiscalização chamou a PM, que aconselhou-a permanecer do lado de fora, onde monitorou o evento e identificou participantes, muitos deles enviados ao local em ônibus fretados. O ato só terminou por volta das 20h30 desta quinta. O relatório será enviado ao Ministério Público Eleitoral, que pode ajuizar ações por propaganda antecipada e abuso do poder econômico.
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