O PT do Rio de Janeiro, como o de todos os outros Estados, costuma mudar radicalmente qualquer plano que contrarie os planos de Lula. Vem daí a parceria longeva do petismo fluminense com o PMDB de Sérgio CabraI. No entreato dessa aliança, tem sempre alguém ensaiando o papel para a saída.
Decidido a candidatar-se ao governo do Rio em 2014, o senador petista Lindbergh Farias toma distância de Cabral e do projeto dele de fazer do vice Luiz Fernando Pezão (PMDB) o seu sucessor. Instado a comentar a movimentação do quase-ex-aliado, Cabral soou como se lidasse com um devedor:
“O Lindbergh está no direito dele. Eu colaborei com a eleição dele para o Senado e não me arrependo. Abri todas as bases para ele. Abri todas as relações de confiança que eu tinha no estado. Ele está fazendo um bom mandato no Senado. […] Na minha avaliação, o importante era ele apoiar o Pezão. Mas, se ele quiser sair candidato, é um direito dele.”
Cabral disse que ainda não conversou com Lula a respeito da encrenca que se avizinha. Como que farejando o cheiro de queimado, Lindbergh faz campanha para candidatos do PSB de Eduardo Campos que foram ao segundo turno em municípios do Rio. Parece guiar-se pela lógica que divide os políticos em dois grupos: os que só ambiciona o poder correm o risco de errar o alvo. Mas os que não ambicionam o poder viram alvo.
Fonte: Josias de Souza.
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