Terminou nesse momento um grande evento em uma residência no distrito de Guarus que reuniu aproximadamente 600 pessoas. Entretanto, a grande surpresa no local foi a presença inesperada da ex-governadora do Estado do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho.
O evento foi marcado por momentos bem significativos no campo da fé, política e família.
"a guerra em nossa cidade também é espiritual"
A FÉ
Durante todo o seu discurso Rosinha utilizou mensagens e salmos bíblicos para explicar as situações adversas enfrentadas na Justiça e disse que muitos zombam de sua opção religiosa.
Rosinha disse que a cidade ficou por muito tempo sendo disputada por dois grupos poíticos e afirmou: "não posso materializar tudo, nem mesmo espiritualizar tudo, mas a guerra em nossa cidade também é espiritual."
"meu julgamento ficou para Agosto e não temos certeza do resultado"
A JUSTIÇA
"Estou sentindo um vazio, pois sei que a Justiça do homem falha".
"Fui cassada pois no dia 14 de junho de 2008 dei uma entrevista ao Garotinho e depois a Lindamara e Patrícia, na Rádio Diário FM."
Rosinha disse que na época dos acontecimentos ela e Garotinho não estavam na Prefeitura, nem mesmo no Governo do Estado.
Rosinha afirmou: "meu julgamento ficou para Agosto e não temos certeza do resultado"
Para Rosinha não houve por parte da Justiça eleitoral isonomia. Disse ela: "fui cassada por abuso de poder econômico, pois essa imputação tira mandato" Segundo ela, o seu caso era merecedor de multa, pois Lula é multado todos os dias e não teve o mandato cassado.
OS ALIADOS E AS ELEIÇÕES
Rosinha aproveitou o evento e citou os nomes de Geraldo Pudim e Roberto Henriques para Deputado Estadual. Além disso, também citou o nome de Garotinho para Federal e por incrível que pareça, não fez qualquer referência a sua filha Clarissa Garotinho que também é candidata a deputada estadual pelo PR.
OS SECRETÁRIOS PRESENTES
Compareceram ao encontro os secretários Fábio Ribeiro, Suledil Bernardino, Avelino Ferreira e Henrique Oliveira. Todos fizeram uso da palavra. Além deles, também encontrava-se no recinto o Presidente do PR Vladimir Matheus.
OS ADVERSÁRIOS
Rosinha também citou a lista do TCE e fez referência aos nomes de Sérgio Mendes, Fernando Leite, Mocaiber, Ilsan Vianna e Arnaldo. A ex-governadora só esqueceu de dizer o de Barbosa Lemos que também encontra-se na lista.
Também foi relatado pela ex-governadora a situação do Prefeito de São Francisco do Itabapoana Beto da Saúde, Carlos Augusto de Rio das Ostras e Marquinhos Mendes de Cabo Frio. Para ela todos retornaram ao cargo, mesmos diante de diversas acusações.
"encontrei, após a minha posse, várias obras pagas, aditivadas e nunca realizadas."
O GOVERNO PASSADO
Rosinha relatou o seguinte: "encontrei, após a minha posse, várias obras pagas, aditivadas que nunca foram realizadas."
Rosinha citou o famoso caso da retirada de 10 milhões de reais feita na 'boca' do caixa entre o Natal e o ano novo de 2008. Disse ela: " a Prefeitura não paga nada na boca do caixa, nem mesmo funcionário, pois nesse caso é transferência de conta para conta".
Relatou ainda que a Fundação da Infância e da Juventude comprou no governo anterior meia tonelada de pimentão e quinhentos mil ovos que nunca chegaram ao seu destino. Além disso, citou outra compra referente aos colchões de casal que, na sua ótica não poderiam ser utilizados em um órgão que atende crianças e adolescentes.
O SENTIMENTO
A Prefeita sub judice disse que ainda não está preparada para andar nas ruas. Disse ela: "estou sentido um vazio muito grande, mas o conforto da população me fortalece".
Obs: recebi várias ligações acerca da citação "sub judice" e "ainda não estou preparada para andar nas ruas", feita por mim na matéria acima.
Quero deixar claro que as duas referênicas possuem contextos díspares.
Quando faço a referência "sub judice" estou me referindo a situação jurídica em curso que envolve o cargo da Prefeita. Caso eu colocasse cassada, estaria antecipando um mérito que nem mesmo a Justiça Eleitoral fez. Devemos lembrar que ela pode retornar ao cargo.
Com relação ao "ainda não estou preparada para andar nas ruas" refiro-me as palavras da própria Rosinha. Ela quiz expressar ao meu sentir, o seu abatimento com o afastamento do cargo. A sua relutância em ir às ruas, em minha ótica, refere-se ao seu estado emocional e não ao desgaste.
Qualquer outra interpretação ficará a critério dos leitores, pois essa é a minha.
Cláudio Andrade