terça-feira, 23 de março de 2010

BEIJO NÃO TEM IDADE

Na semana passada, estava chegando à casa de minha mãe quando assisti a uma cena muito interessante. Um casal de idosos caminhava pela calçada, abraçados, e de repente, deram um beijo na boca cinematográfico; digno das grandes películas e daqueles de causar inveja a qualquer um.

Quantos jovens, nos dias de hoje, casados ou não, não se dão mais ao luxo de se beijarem ardentemente? Lógico que o desejo do primeiro ano de relacionamento não é o mesmo depois de décadas de convívio; entretanto, manter a ‘chama’ acesa é prova de amor e não, de paixão.

O beijo do qual fui testemunha ocular levou-me à seguinte reflexão: por que nos esquecemos dos momentos mais simples em detrimento ao doloroso dia a dia materialista? Assistir a um casal de idosos trocando carícias e beijos ardentes nos obriga a pensar. Não há conotação vulgar nesses beijos e sim, uma prova inconteste de que o amor pode suportar até o implacável tempo.

No mundo implacável do culto ao corpo e da busca incessante da independência financeira, é muito bom rever representantes dignos de uma época em que o grande êxtase era sim, o entrelaçar das mãos, a cabeça no colo para uma carícia rápida e automática e a pipoca a dois no cinema da tarde.

As rugas, o corpo em desnível e o natural envelhecimento não foram capazes de privá-los de momentos lindos e cultivados desde os anos de namoro. Qual seria então a explicação, melhor dizendo, a receita para a manutenção da ‘chama’ acesa?

Não sei a resposta. Estou é convicto de que algumas coisas deveriam mudar em nossas vidas; afinal, é nosso dever resgatar minúcias que deixamos morrer por puro descuido. A empresa-coração deve ser reciclada sempre. A reciclagem à qual me refiro não diz respeito a substituições físicas e sim, à renovação do espaço ocupado para que ele não se deteriore. Afinal, desejamos ou não beijar depois dos sessenta anos?

Cláudio Andrade

4 comentários:

  1. Aqui em casa o povo fala que auando digo as coisas elas espetam.
    Deixa eu espetar só um pouquinho?

    Professor, Claudio, quando Deus fez o homem e a mulhe Ele colocou TUDO NO SEU DEVIDO LUGAR.

    Quanto mais carnal e pornográfico for um casal menos prazer sexual terão. Quanto mais espiritual e cheio de Jesus de verdade, mais este casal vai desfrutar de prazeres, porque sendo espirituais a carne está ali guardadinha, basta um olhar para a chama acender, pois o amor está ali, na cumplicidade da ternura e não no não compromisso da paixão besta.

    É isso.
    Mas ninguém vai nos Registros fidedignos, e demais a mais aspolpiticas públias querem mais o povo cego. E paixaõ? Cega, né?

    É tudo muito como gado indo para matadouro.
    "FALEMOS SÉRIO" A COMEÇAR DE CAMPOS. Chega de misticismo e história de carochinha. Deus nos fez para desfritarmos de belezuras coloridas e se possivel em tons pasteis... ternura ... É isso mesmo... ternura. É lindo e todos gostam quando ganham dinheirão. Vejamos os palácios.... ( Luz, tons lindos e brilhosos... e harmoniosos... sem parafernália grotesca. Espertinhos, né?Mas o povão também vai ter isso tudo.)
    Parabéns pela postagem.

    hum... olha a palavrinha:
    ovelitas
    Ovelhitas... Isso mesmo.

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  2. E você Claudinho, esta beijando muito a querida Micaela?
    Vale ressaltar que vc não é mais um garotão e sim um senhor de meia idade.
    Um beijão da Protetora dos Idosos que te gosta muito.

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  3. iiii esse anônimo, hein???
    Audacioso o pilombeto...

    Fala para ele, "Claudinho",que não existe meia idade. Que toda idade é inteira e completa em si mesma. Com tudo que tem direito... kkkk
    Até a hora que Jesus nos toma.

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  4. Pode ser a amante dele, kkkkkkkkkkkkk

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oi