Li uma matéria, na Folha da Manhã, em que o vereador e amigo pessoal Rogério Matoso diz que ele e toda a bancada de oposição foram enganados quando aprovaram a mensagem, oriunda do executivo, acerca do IPTU. Segundo o nobre vereador, os edis de oposição não tiveram tempo de avaliar o projeto e, confiando no executivo, aprovaram.
Vamos lá,
Querido amigo Rogério Matoso,
O senhor é Vice-Presidente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes e o segundo na hierarquia de comando de nossa casa legislativa. Não conheço os meandros administrativos da casa de leis onde és atuante, mas tenho certeza de que Vossa Excelência não é ingênuo ao ponto de assinar um texto oriundo de um executivo no qual faz oposição ferrenha simplesmente por não ter tempo de avaliar.
Volto a repetir que não sou sabedor dos procedimentos adotados na casa do povo, mas de uma coisa eu tenho certeza: lá existem as comissões prévias que analisam as mensagens antes que elas sejam enviadas ao Plenário. Além disso, nobre vereador, o senhor possui o direito de requerer 'vistas' do projeto ou mensagem para avaliar melhor o seu voto. Vale lembrar, que um dos motivos para um pedido de vistas é a pauta 'cheia'.
Outra questão, caro amigo, que não conseguimos engolir foi a sua afirmação de que confiou no Executivo e, por isso, aprovou juntamente com os demais. Nobre representante do povo, o senhor sabe muito bem que nas relações políticas não existem amigos e, sim, situações, logo me desculpe a franqueza, nunca houve essa relação de fidúcia que vocês insistem em deixar transparecer.
Não entro no mérito da legalidade do IPTU, mas uma coisa eu tenho plena convicção: a mensagem foi aprovada por unanimidade e os nobres vereadores de oposição sabiam bem o teor, mas uma vez descortinados, viram-se diante da ira dos eleitores e buscam uma versão para um das maiores trapalhadas da história da Câmara dos Vereadores de Campos.
Cláudio Andrade
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oi