Aluysio Cardoso Barbosa
RESSURREIÇÃO.
Com a vitória de Rosinha em Campos e com a eleição da filha Clarissa para a Câmara Municipal do Rio, o nome de Anthony Garotinho volta a ser falado para, daqui a dois anos, tentar o governo do Estado. Suas esperanças maiores estariam depositadas na Baixada Fluminense onde, com sua política populista, teria um eleitorado cativo. Sua aliança com o prefeito eleito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, é uma realidade no momento e, com ela, pela popularidade desse prefeito em seu município e em áreas adjacentes, Garotinho se sentiria forte para enfrentar os embates que estão por vir.
Se realmente levar adiante o seu projeto de voltar ao governo do Estado do Rio, é muito provável que seja tentado a mudar de partido, possivelmente o PTB, adiantando conversas e entendimentos que já teria mantido com o presidente desse partido, o discutido Roberto Jefferson.
É que, pelo PMDB, caso Sérgio Cabral tente a reeleição, terá prioridade no partido, o que alijaria a provável intenção de Anthony Garotinho. Ficando no PMDB poderia tentar o Senado, mas, aí, a vez, segundo tudo indica, será do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani.
No PTB, com os direitos políticos cassados, Roberto Jefferson facilitaria a vida de Garotinho, provavelmente assumindo a chefia do partido no afastamento do ex-deputado responsável do Mensalão, por tê-lo denunciado. Confirmando esta possível transferência, o ex-prefeito e ex-governador estaria à vontade para conduzir de seu modo o partido criado por Getúlio Vargas. Para alguns auxiliares e pessoas mais íntimas, se isto realmente vier a ocorrer, Garotinho realizaria o velho sonho de integrar-se ao getulismo, aspiração de seu início na vida política.
Quando optou lançar sua mulher à Prefeitura de Campos, mais uma vez demonstrou que, como político, é de sabedoria respeitável. Sabia que teria que atuar nos bastidores durante toda campanha para não prejudicar a candidatura de Rosinha. Para ele deve ter sido um suplício afastar-se da linha de frente, mas atuando nos bastidores foi quem organizou tudo, abrindo espaços para que a Prefeita eleita estivesse acima de seu desgaste pessoal na cidade que o lançou na vida pública.
Foi uma campanha tecnicamente perfeita, acima de tudo profissional, ao contrário da de Arnaldo, onde a improvisação e o amadorismo andaram de mãos juntas.
Eleita Rosinha, o que não foi fácil por causa da popularidade de Arnaldo Viana, o caminho foi desbravado para que possa se credenciar a novas conquistas eleitorais. Muito provavelmente o objetivo é o governo estadual, o que não vai ser fácil se continuar no PMDB, porque Sérgio Cabral teria prioridade para uma reeleição. Como uma das características de Garotinho é nunca desistir de suas metas, a transferência de partido seria uma solução. Daí o flerte com o PTB, sua aproximação com Roberto Jefferson, ainda o homem forte desta agremiação política criada por Getúlio Vargas, para lhe dar suporte político na Presidência da República.
Sem medo e com aquela agressividade que sempre caracterizou sua participação na vida política, ele ressurge das cinzas. O que confirma a tese de que é um homem público de fôlego e que não pode nunca ser descartado pelos seus adversários.
FONTE- FOLHA DA MANHÃ.
Boa postagem, fiz um complemento no meu blog, depois passa por lá.
ResponderExcluirAbç e bom domingo.
http://blogdudaazevedo.blogspot.com/
Dá nojo a forma como esse pessoal da Folha vira a casaca com tanta facilidade.
ResponderExcluirCampos precisa de todos nós caro anônimo,assim como precisamos de Paulo Feijó no secretariado da Rosinha,é o governo da mudança e transparencia rrsrrss
ResponderExcluirQuen viu a Folha da Manhã...nem os mais otimistas poderiam crer nisso.
ResponderExcluirÉ a necessidade contra a "força".
Acho muito difícil, que o mesmo Aluísio escrevesse este artigo antes do segundo turno das eleições. O mesmo jornal que alguns anos atrás estampou em sua manchete: "Fora Garotinho", agora o caracteriza como fênix, e tenta nas entrelinhas sugerir algumas qualidades a quem já foi pintado como o pior dos diabos. Atitude como essa só nos faz pensar que pior do que os políticos, só alguns veículos da mídia que vivem de pires na mão atrás do poder. Quem nunca prestou, de repente começa a se transformar, quem sabe até num estadista... É repugante!
ResponderExcluirGarotinho é macaco velho, não vai ficar envaidecido com "elogios" da Folha.
ResponderExcluirA Folha que se reinvente, pois não terá um único centímetro de publicidade da prefeitura rosa.
Outra coisa: não há espaço para mais ninguém, que não o Gabeira, no Governo do Estado em 2010.
Só se Jesus voltar antes.