O Brasil sempre sofreu com os políticos assistencialistas que moldaram parte considerável da população para serem dependentes de milhares de ações paliativas, que iam da dentadura à cesta básica.
Esse mecanismo criou políticos imbatíveis e muitos deles só perderam seus respectivos poderes quando morreram caso clássico de Antônio Carlos Magalhães na Bahia.
Nos dias atuais, mesmo ainda existindo o coronelismo em muitas áreas desse país, as coisas começam a mudar e isso está obrigando o político a deixar seu berço esplêndido e ir para as ruas se expor e ouvir os anseios populares.
Nos primórdios os políticos retiam inclusive os problemas e as crises. Era praticamente impossível que situações de desgaste, de ordem administrativa ou de gestão chegassem à imprensa sem passar pelo crivo dos poderosos.
Hoje, com o advento das redes sociais essa proteção acabou. Verídicas ou não, as redes estão lotadas de ações e fatos que exigem do político um enfrentamento rápido com respostas imediatas, como aprecia o internauta.
O detentor de mandato que insistir em trabalhar dentro apenas de sua ‘suposta’ base poderá ter inúmeros prejuízos em seu capital eleitoral. A população quer ações e além delas, deseja que haja interação pessoal, corpo a corpo com aquele que ela elegeu.
Na atual conjuntura possuímos políticos novos com posicionamentos antiquados e políticos mais velhos com ações inovadoras e isso trará muitas surpresas nas próximas eleições.
O voto não será mais conquistado na base do ‘toma lá da cá’. Ainda ocorrerá o assistencialismo, contudo o eleitor já está terminando o ‘mestrado em conhecimento sobre políticos interesseiros’.
O eleitorado vai usar quem sempre os usou e isso é fato!
A mudança de postura do eleitorado deve ser entendida como um grito para que sejamos diferentes. O contribuinte quer um modelo de gestão novo, mas que agregue o eleito a um Sistema inovador onde as ideias fluam com mais precisão e as ações dos parlamentares e dos chefes de executivo sejam responsáveis, eficazes e livres de amarras.
Atualmente as bases tradicionais estão combalidas e dentro delas há sempre mais de um vereador ou deputado e isso é estimulante. O eleitor local, acostumado a um ‘canto’ repetitivo e eterno de uma só nota passa, aos poucos, a ter contato com outras visões de gestão e de atuação. Isso, de forma direta, qualifica aqueles que vão às urnas, de dois em dois anos.
O município de Campos, por exemplo, possui uma dimensão territorial enorme e as peculiaridades de um distrito são diferentes do outro. Há locais na planície goitacá separados por mais de 80 quilômetros.
Sendo assim, sair da base e andar pelo município é a única forma de sanar alguns desgastes próprios da função pública exercida.
Nesse caso, sair da base é o grande lance para um entendimento maior, por parte do político, dos anseios e demandas do eleitorado.
Vamos sair da Base?
Cláudio Andrade
Olá vereador.
ResponderExcluirO Seu "Sair da base", nesse sentindo de alcançar os anseios da população, é no sentido de sair da zona de conforto, ir as ruas, se comunicar com o povo? Pois essas coisas sei que o senhor já faz.
Ou seria sair da base do governo? Porque acho que também teria um impacto positivo. Não ter nenhum vinculo com o governo, pode garantir uma independência efetiva, que possibilite um mandado pautado pela sua consciência e pelo seu compromisso ideológico exclusivamente com os seus eleitores. Afagar o governo, quando for ele for um "bom menino", e dar belas porradas quando o povo for prejudicado de verdade.
Não votei em você, talvez eu nunca vote devido aos meus compromissos políticos, mas tenho certeza que é um ótimo vereador e um exemplo de bom político.