segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Gestão de Rafael começará com apenas R$ 1,5 bilhão


O próximo prefeito de Campos dos Goytacazes, o vereador Rafael Diniz iniciará a sua gestão com um orçamento pequeno e bem comprometido.

A maior cidade da região enfrentará problemas de ordem financeira que irá exigir muito do grupo político e técnico que estará no comando do município a partir de janeiro de 2017.

Nas contas até outubro último, a prefeitura de Campos dos Goytacazes revela uma receita “extra” de quase 900 milhões de reais, na forma de antecipação (empréstimos lastreados na arrecadação futura da indenização do petróleo) que não estarão presentes no novo orçamento elaborado para 2017. O prefeito de Macaé, por exemplo, já se antecipou e fez relevante corte em suas secretarias e cargos comissionados.

Devido a esse cenário preocupante, o novo prefeito, eleito incontestavelmente em primeiro turno e os dirigentes locais terão que realizar um processo de ajuste na máquina pública.

Segundo estudo publicado pelo Jornal Valor, diante da deterioração fiscal das prefeituras 3.836 cidades brasileiras reduziram custeio; 2.612 seu quadro de pessoal; 2.531 reduziram seu quadro de comissionados; 2.165 desativaram suas frotas de veículos; 1.650 reduziram o horário de expediente; 1.520 desativaram equipamentos; 738 reduziram salários de servidores e 694 prefeituras suspenderam a prestação de serviços essenciais. No norte fluminense, a partir do mês de janeiro, não será diferente, com implicações muito expressivas.

Vale ressaltar que o desemprego crescente, o alto grau de endividamento de empresas e famílias, o aumento da capacidade ociosa da indústria e as sucessivas frustrações de arrecadação das várias esferas de governo são apenas alguns dos elementos que vêm transformando a economia brasileira em um deserto.

Em que pese a Prefeita Rosinha ter publicado apenas parcialmente o balanço de outubro de 2016, que por lei deveria estar no Diário Oficial até dia 30 fica claro que 2017 será um ano de realinhamento do orçamento, afinal os 860 milhões na forma de empréstimos que nutriu as receitas em 2016 não estarão presentes em 2017.

No novo ano que se aproxima, a mais realista das previsões é que o novo prefeito terá uma receita para administrar de R$ 1,5 bilhão, contra uma despesa corrente de R$ 2,0 bilhões (salários já contratados de 1 bilhão). Isso supondo que o gasto com obras seja praticamente nulo.

Esse quadro estarrecedor faz com que haja a necessidade de se redefinir o orçamento de 2017, quanto na construção do Plano Plurianual -PPA- 2018/2021. Nesse contexto entra a importância de termos um legislativo ‘antenado’ e focado na reconstrução do município.

O sistema implantado pela Prefeita Rosinha e seu grupo político transformou o atual legislativo campista em uma sala de conferências do CESEC e isso causou danos irreparáveis ao município.

Assim sendo, as mudanças se fazem urgentes para tenhamos a oportunidade de mexermos na colmeia sem sermos picados pelas abelhas.

Cláudio Andrade.

4 comentários:

  1. É só renunciar! Afinal ninguém quer administrar um empresa falida.

    ResponderExcluir
  2. Os servidores não podem ser mais uma vez penalizado

    ResponderExcluir
  3. Pra começar precisa fiscalizar substituições desnecessárias e até mesmo algumas fantasmas.
    .

    ResponderExcluir
  4. Que apenas cumpra-se o que prometeu em campanha.
    Sem mimimi!!!

    ResponderExcluir

oi