quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Gasto com fiação subterrânea vai ter de constar na tarifa de energia


Uma nova norma da Aneel (agência de energia) determina que os investimentos em fiação subterrânea não podem ser divididos por todos os clientes da distribuidora e que os valores devem ser discriminados nas tarifas.

A regra, publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (23), determina que se uma cidade ou um condomínio decidem aterrar a rede, só eles devem pagar por isso, e o custo não pode ser pulverizado por toda a base.

A mudança torna o ambiente mais propício ao aterramento, segundo Nelson Leite, presidente da Abradee (associação das distribuidoras). "As empresas precisavam dessa clareza", afirma.

A rede subterrânea, no entanto, depende de outros fatores, como a disposição dos clientes para gastar —o investimento em fiação embaixo da terra é, em média, dez vezes mais alto que a aérea.

Em um momento de crise fiscal, dificilmente os municípios vão optar por ela, lembra Leite. "A administração pública tem tido deficits orçamentários", afirma.

A nova regra traz justiça tributária, diz Sidney Simonaggio, vice-presidente de assuntos regulatórios da AES Eletropaulo, mas é preciso haver harmonia entre diferentes entes para a expansão.

"Não é a Eletropaulo que diz 'vou aterrar'. A decisão precisa ser das operadoras de telecomunicação e das prefeituras também."

Folha de São Paulo 

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