Aproximadamente 30 artistas seguem com a ocupação do Teatro de Bolso Procópio Ferreira, no Centro de Campos, na manhã desta terça-feira (10). A ato começou no final da tarde desta segunda (9) com uma manifestação sob a ponte Leonel Brizola. Na manhã desta terça, vereadores da Comissão de Educação e Cultura da Câmara foram ao teatro e conversaram com os artistas. O local está fechado há três anos por causa de problemas de refrigeração.
“Queremos que o teatro retorne com suas atividades culturais e fique com as portas abertas para a população campista. O povo precisa ter acesso à cultura. Campos vive um momento de isolamento cultural. Não é apenas um problema com o Teatro de Bolso. Por exemplo, o Palácio da Cultura está com as obras paralisadas e o antigo Teatro de Arena foi destruído. A prefeita não quer a população pensando. Quer que o povo apenas aceite o que recebe. Use cabrestos. Mas, nós não vamos usar cabrestos. Não vamos desistir da cultura”, afirmou a atriz Adriana Medeiros.
O vereador Marcão, que compõe a Comissão, falou da importância da cultura em Campos e que pretende levar o assunto para a Câmara. “O teatro não está sendo usado como deveria. É preciso ter a valorização da cultura em Campos. Vamos convocar a prefeita Rosinha e a presidente da Fundação Cultural, Patrícia Cordeiro, para prestar esclarecimentos e resolver esse problema”, contou.
Os artistas devem criar uma cooperativa nos próximos dias – com apoio da Comissão de Educação e Cultura da Câmara – para buscar uma autonomia para coordenar as atividades no Teatro de Bolso.
“É um movimento coletivo que surgiu depois de conversas entre os artistas. Nós queremos que a gestão seja feita pelos artistas. Queremos administrar o teatro, com trabalho, além de abrir para palestras educativas, utilizando as verbas recebidas de forma correta”, concluiu Adriana Medeiros.
Durante a ocupação os artistas se revezam nos serviços de limpeza do teatro e prepararam os alimentos que recebem de doações. “Na noite de ontem os agentes da Guarda Municipal estavam proibindo a entrada de água e comida. O objetivo deles era que nós desistíssemos da ocupação. Mas, isso não vai acontecer”, ressaltou Thaís Tostes.
A primeira ocupação do Teatro de Bolso aconteceu em 1982, durante o governo de Zezé Barbosa (1982/88), e foi comandada pelo então vice-presidente da Associação Regional de Teatro Amador (Arta), Anthony Garotinho.
Terceira Via
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