quarta-feira, 9 de março de 2016

Escola municipal não tem aula, nem água e nem merenda em Campos





A falta de água e de merenda continua sendo um problema constante na vida de centenas de crianças que estudam na Escola Municipal Professora Eunícia Ferreira da Silva, no bairro Santa Rosa, em Guarus. Nesta quarta-feira (9), não teve aula no colégio e a falta desses itens básicos foi o motivo para os alunos voltarem para suas casas sem estudar. Essa escola foi reinaugurada no dia 24 de fevereiro.

“Meu filho leva água e lanche para a escola todos os dias. Esse horário que ele estuda – das 7h30 às 9h30 – é muito ruim. Tenho que sair do trabalho e dar um jeito de ir buscá-lo. A situação está muito precária na escola. Não adianta ter estrutura física se não tem aula. A prefeita Rosinha deveria ter responsabilidade porque é o futuro do meu filho e de muitas outras crianças”, afirmou Daniele Gama, mãe de aluno de cinco anos.

Já a dona de casa Brandina Eduarda dos Santos, ressaltou que além da falta de alimentos, o banheiro da escola está entupido e sem descarga. “Está impossível de ter aulas em uma escola assim. A diretora me falou que corre o risco de não ter aula até resolver esses problemas. A culpa não é dos professores e diretores. A culpa é da prefeitura que não oferece condições para as crianças estudarem. Em duas horas de aula ninguém consegue aprender direito”, contou.

A poucos metros fica a Escola Municipal Lions I – que está passando por reforma – e os alunos estão estudando em uma igreja alugada. A obra no Lions está orçada em mais de R$ 2 milhões e o prazo de entrega é de 360 dias. O problema com a falta de merenda das crianças se repete nessa instituição. Por volta das 10 horas foi possível registrar o momento em que funcionários chegavam ao local com um carrinho de supermercado com achocolatados e biscoito, que seriam distribuídos para os alunos.

Os problemas, no entanto, não param por aí. A rede de esgoto da igreja alugada para servir de escola está vazando para a rua em frente ao portão. A lama e o mau cheiro causam transtornos aos estudantes e comerciantes próximos. Além disso, pelo lado de fora é visível uma pichação dentro de uma das salas com descrições que fazem alusão a facções criminosas.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato com a Prefeitura de Campos, sem obter respostas. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões que forem enviadas.​

Terceira Via

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