Devo reconhecer que há coisas que só acontecem no município de Campos dos Goytacazes. Algumas situações são tão surreais que parecem ‘lendas urbanas’.
Apesar da incredulidade frente ao decreto de emergência econômica sancionado pela ex-governadora do Estado do Rio de Janeiro, pensou-se que, de forma efetiva, as ações de economia real iriam, de fato, acontecer.
No diário oficial do dia 4 de fevereiro do corrente ano, foi publicado um aviso de licitação, na qualidade de pregão presencial de número 007/2016, cujo objeto é a aquisição de um veículo zero quilômetro para a Secretaria Municipal de Fazenda que, por sua vez, irá sortear o carro entre os munícipes que pagarem o IPTU em cota única.
Impressionante como o grupo político que administra o nosso município abusa de nossa inteligência. A cidade de Campos dos Goytacazes está diante de uma das suas maiores crises. A falta de incentivo à iniciativa privada por parte de Rosinha e de sua equipe ocasionou desemprego, escassez de dinheiro circulante e um comércio que passa por crítica situação.
Mesmo assim, a nossa chefe do executivo municipal não coloca o decreto de emergência econômica em prática. Como entender o desejo em adquirir um veículo que não será utilizado por nenhum setor administrativo e sim, sorteado?
Essa atitude de Rosinha é mais uma prova cabal de que não há intenção real em remodelar o sistema de gastos administrativos. As palavras governamentais, pelo visto, são como casa feita de palha e não resistiriam a uma pequena brisa.
Para quem não se lembra, Silvio Santos sempre trabalhou com sistema de sorteios, e os de carros e as casas sempre foram os mais desejados bens, principalmente pelas classes C, D e E.
Pelo visto, a nossa prefeita está tentando algo similar, afinal, em plena crise, desejar comprar, sem necessidade real, um carro, para incentivar a entrada nos cofres públicos de verba é a demonstração inequívoca de que o desespero é total dentro do governo.
Diferente de Sílvio Santos, que começou a carreira como camelô e se tornou um dos empresários mais ricos e competentes do país. Rosinha - que iniciou a trajetória laborativa como vendedora de Avon - na ânsia de recuperar os dividendos perdidos por equívocos administrativos, realiza atos que, a cada dia mais, enfraquecem a sua imagem perante a sociedade.
Caso a alardeada economia tenha que acontecer de fato, a compra de um veículo para ser sorteado é o cúmulo. Os contribuintes de nossa cidade adorariam ganhar um carro de presente, porém, mais do que isso, sonham em ter condições econômicas de pagar seus tributos com independência. E isso o governo ainda não possibilitou.
Lembrem que já estamos no oitavo ano de governo rosáceo e mais de R$ 15 bilhões já entraram nos cofres da Prefeitura de Campos.
Pois é, entre Rosinha e Silvio Santos, nesse momento, melhor confiar na coerência do homem do baú.
Cláudio Andrade.
Parabéns pelo artigo Dr Claudio . SUPIMPA.
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