quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Ibope aponta cenário difícil para reeleição de prefeitos


Não restam dúvidas de que as eleições desse ano serão atípicas. Além das mudanças eleitorais que tornam o pleito, em tese, um pouco mais equilibrado, outros pontos também podem trazer novidades.

Segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, a insatisfação com os representantes políticos já se manifesta nas pesquisas de intenção de voto para as eleições municipais.

De acordo com levantamento do Ibope, mais da metade dos eleitores brasileiros declararam que pretendem votar em candidatos de oposição (40%) ou que não votarão em ninguém (16%).

Os atuais ocupantes dos executivos municipais são os candidatos preferidos de apenas 22% dos entrevistados. Outros 8% disseram que planejam votar no candidato indicado pelo chefe do executivo municipal.

O restante não sabe ou não respondeu. A pesquisa foi encomendada pela coluna do jornalista José Roberto de Toledo.

Segundo os dados da pesquisa, os indecisos ou insatisfeitos com todos os partidos representam um terço dos entrevistados. O grupo se apresenta como uma saída para os candidatos governistas.

O levantamento também mostra que a tendência oposicionista varia de acordo com a região do país: o posicionamento é mais forte no Norte e no Centro-Oeste (46%, contra 23% dos governistas) e no Sudeste (42% a 24%), do que no Sul (27% a 33%) e no Nordeste (39% a 41%).

O partido dos candidatos também influencia na sua maior rejeição ou aceitação, como indica a pesquisa.

Os prefeitos petistas (17%) e seus candidatos (5%) têm, em média, 22% das intenções de voto, contra 33% para oposicionistas. As cidades administradas pelo Partido dos Trabalhadores concentram a maior taxa de indecisos: 29% declararam que não votarão em ninguém e 16% não souberam responder.

Em Campos dos Goytacazes, a situação não é diferente. A prefeita Rosinha terá dificuldade de fazer o seu sucessor. Contudo, política é como nuvem e pode mudar a qualquer momento.

Além disso, precisamos monitorar os rumos que a Oposição irá tomar. Há necessidade de coletividade, profissionalismo e vaidade zero. Isso sim, medidas cruciais para que tenhamos um pleito passível de verdadeiras mudanças.

Cláudio Andrade.

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