A proprietária da Nutrindo, a médica Sara Evelin Navega, afirmou na manhã desta quarta-feira (18), que seus funcionários estão sendo ameaçados por novos enfermeiros contratados pela prefeitura. Após decreto divulgado em Diário Oficial na última sexta-feira, os técnicos de enfermagem da empresa estão recebendo novas orientações de prescrições médicas que podem prejudicar o tratamento dos 52 pacientes beneficiados pelo serviço de home care. Essas orientações estariam sendo dadas por funcionários de uma empresa de São João de Meriti, nomeada pela Prefeitura de Campos. A empresária alega que os técnicos estão confusos por não saberem a quem obedecer, já que não reincidiram contrato trabalhista com a Nutrindo.
“Tentamos contato telefônico com a prefeitura para saber como seria feita essa transição, que a gente entende que é importante e complexa. Mas eles não se apresentaram a gente. Entrei em contado com o gestor do Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), com a enfermeira responsável. Tivemos uma resposta ríspida, dizendo que eles seriam responsáveis por tudo e que a Nutrindo não teria qualquer poder de decisão”, declarou Sara Evelin.
De acordo com a empresária, as famílias dos pacientes foram orientadas a não deixarem os enfermeiros da Nutrindo entrar nas casas. “Quero esclarecer que o técnico de enfermagem não é um profissional autônomo. Ele está subordinado ao enfermeiro da Nutrindo. Durante o treinamento o técnico de enfermagem é orientado a não administrar nada além do que está na prescrição médica. No momento que está com o paciente e recebe uma orientação contraditória ao que foi prescrito anteriormente – por falta de medicamentos - ele se sente inseguro. Sempre orientamos que em caso de erro a responsabilidade judicial é dele”.
Ao falar sobre a posição do secretário de Saúde, Geraldo Venâncio, Sara disse “a atitude dele e de toda a prefeitura foi de que na noite de sexta-feira eles estariam assumindo e tentando sanar os problemas. Em hora nenhuma nós fomos procurados para informar sobre o estado clínico e os prontuários dos pacientes. Uma de nossas enfermeiras foi ameaçada pelos técnicos de enfermagem, que estão sendo obrigados a fazerem procedimentos que sabem que estão errados. Ela foi ameaçada depois de cobrar que eles ajam corretamente. A gente fica numa situação muito conflitante”.
Ela esclareceu que vai resolver essa situação na Justiça, já que a Nutrindo não tem condição de pagar os salários atrasados e reincidir os contratos. “Fomos informados de que havia um empenho para pagamento no dia 6 de novembro, mas o dinheiro não foi liberado para a empresa. Não temos mais autonomia sobre os nossos funcionários. Também não temos informações de como e quando nossos equipamentos serão devolvidos. Foi uma transição abrupta e irresponsável”.
Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via entrou em contato por e-mail com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campos, sem obter resposta. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará versão dela para este fato.
Terceira Via
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