Quem mora na localidade de Marrecas, na Baixada Campista, e usa o transporte coletivo precisa contar com a sorte. Segundo os moradores, os ônibus passam em horários irregulares e com intervalos de até três horas. O problema atinge desde estudantes e trabalhadores - que precisam do transporte diariamente - até idosos que precisam ir ao Centro de Campos para consultas de saúde, por exemplo.
A idosa Maria Varcilda é uma das vítimas da irregularidade no horário dos coletivos e já perdeu compromissos por causa dos atrasos. “Eles passam por aqui o dia e a hora que querem. Já perdi uma consulta médica por causa deste atraso. Antes, eu pegava o ônibus de 4h40 da madrugada para ir ao médico, agora este horário não existe mais e o próximo é apenas às 7h”, disse a dona de casa Maria Varcilda de Chagas.
Outra moradora conta que demora mais de uma hora no caminho entre a casa e o trabalho e, às vezes, ainda paga mais caro para não se atrasar. “Nos últimos dois meses, as empresas só diminuíram o número dos ônibus. O coletivo que faz a linha Barra do Açu tem passagem a R$ 5,30 e temos que pegá-lo quando o outro não vem. Mas aí iríamos gastar R$ 10,60 por dia. Aqui também não tem transporte alternativo, então nossas opções são pagar muito caro ou esperar horas no ponto”, contou a diarista Vanusa de Souza Silva.
Ainda segundo Vanusa, a demora também prejudica a rotina da filha de cinco anos que precisa do transporte público para chegar à escola. “As crianças saem da escola às 12h e só chegam em casa às 15h, porque também não tem ônibus neste horário. Já pensei em tirar minha filha da escola, porque não consigo levar ela nos horários certos. Muitos conhecidos colocaram os filhos para estudar em Quixaba, que faz parte de São João da Barra. As crianças que estudam lá são buscadas em casa pelo transporte escolar”, desabafou.
A reportagem do Terceira Via tentou uma resposta com a empresa CamposTur para saber o motivo dos atrasos dos coletivos na localidade de Marrecas, mas os responsáveis pela empresa não foram encontrados para comentar o assunto. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará as versões.
Terceira Via.
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