Não é de hoje que a carente infraestrutura dos hospitais, ambulatórios e consultórios da rede pública é motivo de graves denúncias da população que busca por melhorias estruturais e clamam por mais dignidade no atendimento à população. A falta de médicos na Unidade Pré-Hospitalar (UPH) de Farol de São Thomé, causa transtornos aos pacientes que procuram atendimento no local. Desde a última quinta-feira (9), o posto estaria sem nenhum clínico geral. A informação repassada pelos funcionários é de que havia apenas enfermeiros.
O prazo para a solução do problema é de "pelo menos uma semana”, segundo as atendentes. Nesta segunda-feira (13), a situação no posto permanece a mesma. Os pacientes que procuram o local são orientados a seguirem às unidades de saúde do Lagamar, Baixa Grande ou Hospital São José.
Na última semana, médicos de hospitais contratualizados chegaram a entrar em estado de greve e o sindicato da categoria afirmou que os profissionais estão “bancando o sistema de Saúde de Campos”. O movimento foi suspenso nessa sexta-feira (10) após reunião com representantes da Prefeitura de Campos.
"Se a gente passa mal, vai recorrer onde? Baixa Grande e São José são distantes de Farol. Mesmo que a ambulância socorra, o tempo de viagem pode ser fatal", disse a aposentada Neusa Gonçalves. Ela necessita retirar a receita médica de um remédio para diabetes, mas não conseguiu. "Depender da vontade deles, é um absurdo. Não tem condição. A gente vai esperar até quando?", desabafa a aposentada.
A atendente de telemarketing Cintia Simões de Oliveira afirma que o problema da falta de médicos não é recente. "Não é de hoje que passamos por isso. Faz uns quinze dias que eu estou doente e venho atrás de médico e não encontro. Eu acho que isso é uma falta de respeito com as pessoas", afirmou Cintia.
Desde o final do mês de abril deste ano, a Superintendência de Atenção Regional da Fundação Municipal de Saúde (FMS) admitiu que alguns problemas enfrentados na rede com a falta de médicos estão relacionados a pedidos de demissão.
De acordo com o presidente do sindicato dos Médicos, José Roberto Crespo de Souza, existem profissionais da classe médica com atrasos em seus vencimentos há mais de onze meses. “Estes fatos desmotivam e desgastam os profissionais, temos a esperança de que tudo seja resolvido o mais breve possível. Não podemos continuar bancando o sistema de saúde do município”, declarou o presidente.
Em nota, o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Geraldo Venâncio, afirma que não procede a informação de que a unidade estaria sem clínico geral desde a última quinta-feira. O atendimento está normal com clínico geral e médicos de especialidades.
Terceira Via.
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