O jornal Folha de S. Paulo publicou em reportagem da edição desta quinta-feira (30), que a campanha da presidente Dilma Rousseff pagou R$ 6,15 milhões para a empresa de fachada Rede Seg Gráfica e Editora, em São Paulo, - o que coloca a empresa entre as maiores fornecedoras da campanha da presidente. Os pagamentos levantaram suspeitas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante análise das contas da campanha da presidente. Informações do TSE comprovam que a mesma gráfica prestou serviços para a campanha do candidato do PR ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho; para o candidato do PT, Lindbergh Farias; e também para Marcelo Crivella, do PRB.
Técnicos do TSE cruzaram a prestação de contas da petista com dados do Ministério do Trabalho, o que provocou a suspeita de que a gráfica não tinha estrutura para prestação de tais serviços. A Rede Seg não tem funcionários registrados, maquinário suficiente e ainda é presidida por um motorista.
Dados da Secretaria Judiciária do Tribunal Superior Eleitoral comprovam várias doações da campanha da presidente Dilma para Garotinho. Entre elas, um termo de doação no valor de R$ 85 mil, emitido em 22/09/2014, pela empresa Rede Seg Gráfica e Editora. Derrotado na eleição para governador, o marido da prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, exerce o cargo de secretário de Governo do município.
Além de Garotinho, documentos mostram ainda que os candidatos ao governo do Estado do Rio, Lindbergh Farias e Marcelo Crivella, também receberam a mesma quantia, R$ 85 mil, da Rede Seg. Confira aqui os termos de doação.
Em visita ao endereço da gráfica, o jornal Folha de S. Paulo foi informado por Rogério Zanardo que a empresa pertence à família dele, e não ao motorista Vivaldo Dias da Silva. Zanardo não soube, contudo, informar por que a empresa está registrada em nome de Silva. Ele afirmou também que as máquinas estavam desligadas porque a gráfica estava sem serviço.
Já o irmão de Rogério, Rodrigo, saiu-se com outra explicação: afirmou que Silva é mesmo o dono da empresa, embora também trabalhe como motorista para a própria Rede Seg. Aos irmãos caberia, segundo Rodrigo, administrar o local. A família Zanardo teria sido procurada por Silva porque já tem experiência no ramo, uma vez que é dona da gráfica Graftec. Em relação à inexistência de funcionários, Rodrigo afirma que o serviço para a campanha contou com terceirizados.
Silva dirigiu-se ao local mais tarde, afirmando que é mesmo o dono da gráfica, além de motorista. "Eu gosto de trabalhar, e é um rendimento a mais que tenho", afirmou à Folha.
Folha de São Paulo
Terceira Via
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