Uma equipe do Ministério Público Federal (MPF) visitou o Hospital Ferreira Machado na manhã desta terça-feira (28) com objetivo de avaliar as condições da unidade e os serviços prestados à comunidade. Em entrevista no dia 22 de abril, o procurador da República, Eduardo Santos Oliveira, afirmou que a situação das unidades hospitalares é “precária” e “completamente incompatível para atendimento à saúde”.
Logo que chegaram ao hospital, os agentes do MPF seguiram para o Pronto Socorro, onde encontraram várias macas no corredor e familiares de pacientes do setor de traumatologia reclamando da falta de leito. “Meu filho sofreu uma fratura no fêmur ao cair e está desde sábado aqui no corredor. Fomos informados que não tem leito”, explicou o desempregado Josiel Pereira Rangel.
"A minha mulher está aqui desde o dia 3 aguardando para fazer uma ressonância magnética. Até agora não deram uma solução. O exame particular custa R$ 800,00 e agente não tem condições de pagar”, explicou Neilson Cordeiro.
Ainda no corredor, os agentes fotografaram a escala de trabalho dos plantonistas que estava em um quadro. Acompanhada do presidente da Fundação Municipal de Saúde, José Manoel Moreira, a equipe seguiu para o primeiro andar, onde entrou no departamento pessoal.
Enquanto isso, outra equipe percorrida os demais setores do hospital para verificar se os equipamentos estavam funcionando. Na farmácia, um agente verificou a data de validade e o armazenamento dos medicamentos.
O diretor do HFM, Ricardo Madeira, informou que o hospital possuiu 180 leitos e sempre trabalha acima da capacidade, já que é referência regional em traumatologia. “Tenho falado e não vou mudar meu discurso. Em audiência na semana passada no Fórum de Campos eu disse que o hospital está de portas abertas e funciona como um funil, mas a porta de saída é muito estreita. Uma das portas de saída nossa, referência em traumatologia é o Hospital dos Plantadores de Cana, que fechou o centro cirúrgico. Outra porta de saída, a Beneficência Portuguesa diminui muito a capacidade para atendimento de traumatologia. A partir do dia 18 a Santa Casa de Misericórdia vai colocar alguns leitos a nossa disposição. A população aumentou, o número de acidentes também aumentou, mas o hospital não acompanhou esse cresimento. Existe um projeto de ampliação do hospital”.
Dos três elevadores existentes na unidade, apenas um está funcionado. “Isso é problema. Um desses elevadores está parado há muito tempo. Houve três licitações, mas ninguém se manifestou. Agora, uma empresa vendeu os elevadores e está fazendo obras no posso”, explicou Madeira.
Ao falar sobre denúncias de que lixo hospitalar estaria sendo transportado junto com pacientes no mesmo elevador, o diretor explicou que se isso ocorre, não é orientação da direção. “Temos uma área de expurgo, que acontece por uma escada”.
Moreira observou que a ordem é não recusar paciente. “Mesmo no corredor, os pacientes estão sendo atendidos. Quero explicar que o exame de ressonância magnética não salva vidas. Não temos ressonância, temos tomografia. O paciente que precisa fazer ressonância é encaminhado para uma clínica particular. A nossa capacidade de atendimento vai ser aumentada a partir da obra de ampliação, que não tem previsão de iniciar”, finalizou o presidente da Funcação Municipal de Saúde.
Terceira Via.
Começaram a fazer uma obra faraônica no Ferreira Machado com previsão de construção de dois heliportos para transporte de queimados, entretanto....
ResponderExcluirTememos mais represálias! O grupo de gestores está, junto do MP punindo servidores que fazem luta de frente contra o governo. Grupo este que vem lutando anos e anos pelas melhorias dos servidores.
ResponderExcluirO único elevador é usado pra tudo! Os diretores sabiam sim!!!!!! Mentirosos!!!! Tanto sabem que recentemente expulsaram um servidor do HFM, da portaria, que por problemas de coluna não subiu com a maca pela escada.
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