Os cidadãos de Campos dos Goytacazes estão passando por uma situação surreal. Transitar pelas ruas e avenidas da cidade tem sido algo perigoso já que a queda de um semáforo está sendo algo iminente nos últimos meses.
Na tarde de ontem, bastaram quinze minutos de chuva para que mais um semáforo caísse em plena Avenida Vinte e Oito de Março. Por livramento divino, ninguém se feriu.
A título de lembrança, vale registrar que vários outros semáforos estão danificados e um deles, meses atrás, caiu sobre o carro de uma jornalista do Jornal Terceira Via - Roberta Barcelos - que estava no interior do veículo com o pai dela e o filho recém-nascido. Mais uma vez, por obra divina, todos saíram ilesos.
Pois é. As autoridades públicas de Campos estão sendo demasiadamente negligentes. É inconcebível que, além de termos que zelar por nossa segurança física ao sairmos de casa, precisemos olhar para cima já que, a qualquer momento, um poste pode cair sobre nossas cabeças.
Em um programa local (apresentado pelo marido da prefeita Rosinha), Álvaro Oliveira - presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) em Campos - afirmou que as quedas constantes de semáforos, em nossa cidade, são fruto de sabotagem. Reforçando essa tese, Álvaro disse que existe um laudo (ainda não apresentado), emitido pela empresa contratada para realizar a manutenção, indicando tal sabotagem.
Ora, o que nos é passado é que as forças da natureza se aliaram à Oposição de Campos para a sabotagem de postes e semáforos com o intuito de desgastar o governo da prefeita Rosinha. Piada!
Isso mesmo! Tudo isso já virou uma palhaçada e não há mais tempo para brincadeira de mau gosto. Rosinha deve agir com firmeza e exonerar os agentes responsáveis pela área, cancelando o contrato da prefeitura com aludida empresa.
Como se vê, a sociedade de Campos está passando por sérios riscos de morte. São trabalhadores contribuintes que todos os dias, ao saírem de casa para cumprimento de suas obrigações, correm risco de virarem estatística ao morrerem atingidos por postes e semáforos de nossas ruas.
Mais uma vez, a natureza mostra-nos que quem está brincando não é ela e sim, o homem. Ou seja, quem está a brincar com a vida alheia não é a temida mãe natureza, mas sim a cruel administração de nossa cidade que não hesita em falhar.
Espero que a nova justificativa para a mais recente queda de poste não seja tão absurda a ponto de ser preciso comprar orelhas de burro ou um nariz de palhaço para que fiquemos ilesos se mais um semáforo cair sobre nossa cabeça.
É por esses e outros motivos que o contribuinte tem ojeriza em pagar tributos, uma vez que não consegue vislumbrar o resultado prático do que é pago ao Poder Público.
Hoje são os postes, mas já temos uma saúde municipal em frangalhos, centenas de bairros e distritos abandonados, transporte público desprezível e um governo detentor de agentes públicos inaptos. Agentes esses que optaram deliberadamente em assistir a toda essa desordem sob o mantra do discurso que nada mais é que uma falácia constante.
Aguardemos os próximos acontecimentos.
Cláudio Andrade
Parabéns! retratou muito bem os desmandos da gestão pública. O processo democrático é, a ferramenta legítima do contribuinte para transformar esta medonha perspectiva. Para tanto, urge criar um fórum de debate permanente com os diversos setores da sociedade civil. Sobretudo, com aqueles que mais precisam dos serviços públicos.
ResponderExcluir