Esta coluna foi informada de que no dia 5 de janeiro, pela manhã, todos os secretários municipais desta cidade fizeram a relação dos que trabalham nas empresas prestadoras de serviços da prefeitura, como por exemplo a ‘Nova Rio’, visando ao enxugamento da máquina.
Esses prestadores de serviço, de acordo com o Diário Oficial, encontram-se de aviso prévio desde o dia 29 de dezembro de 2014 e começaram a assinar as devidas documentações referentes ao aviso.
Desse modo, o clima dentro da Prefeitura de Campos é muito tenso uma vez que já foi comunicado que apenas 20% dos funcionários de aviso prévio permanecerão e o restante - referente a 80% - será demitido.
A 'onda' de cortes dentro da Administração Pública de Campos não para. Dos DAS (nomenclatura para cargos em comissão), que estão assinando o termo de entrega de cargos, 40% não deverão retornar.
A situação é, no mínimo, assustadora uma vez que antes do pleito eleitoral de 2014, quando o marido de Rosinha perdeu a eleição para o governo estadual ainda no primeiro turno, ninguém sabia a real situação administrativa da Prefeitura de Campos.
Os vereadores e agentes públicos, quando questionados, diziam sempre que tudo corria bem e que não havia qualquer crise que pudesse vir a gerar demissões em massa.
Porém, agora, justamente após a derrocada da candidatura do consorte de Rosinha, a gestão pública de nosso município parece que entrou em um inferno astral passados apenas alguns dias do ano.
Sem caixa e na iminência de obter empréstimo junto ao Banco do Brasil, colocando os repasses dos royalties como garantia, Rosinha vem enxugando a máquina administrativa.
A conduta da prefeita pode parecer um ato de responsabilidade, mas se a situação chegou ao patamar atual, houve, no mínimo, conivência dos gestores já que um procedimento de demissão em massa não acontece de um dia para o outro.
O baque político dessas demissões também é considerável. Isso porque grande parcela dos demitidos apoia o governo devido aos cargos que ocupavam e não por sustentarem uma ideologia.
A verdade é que a situação de penúria pela qual passa a Prefeitura de Campos se deve a uma gestão equivocada, que manteve, dentro dos cargos públicos, uma grande quantidade de cargos de confiança e de indicações de vereadores.
Além disso, muitas empresas terceirizadas aumentaram seus quadros de funcionários e, por dependerem do repasse municipal - e devido ao atraso da Prefeitura no cumprimento da sua cota parte -, começaram a não ter como cumprir suas obrigações.
O município de Campos precisa de uma mudança de paradigma. Não há como manter parcela considerável da população dependendo do poder público.
A migração dos aptos ao labor para a iniciativa privada se faz necessária, pois enquanto a Prefeitura continuar sendo o trem pagador, qualquer desvio nos trilhos causará esse descompasso, atingindo em cheio o seio de milhares de famílias.
Hoje, a Prefeitura de Campos é um trem descarrilado e o maquinista não consegue frear. Na frente desse trem administrativo, encontra-se a sociedade campista, que presencia uma crise administrativa sem precedentes.
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