segunda-feira, 6 de outubro de 2014

As luzes de Garotinho não brilham como antes...


Durante quase todo o pleito eleitoral, o ex-governador e deputado federal Garotinho era apontado, pelos institutos de pesquisa, como nome certo para disputar um segundo turno. Bastaria, no caso, saber quem seria o seu adversário.

Com o avançar dos meses, o atual governador, Luiz Fernando Pezão foi crescendo nas intenções de voto e, há duas semanas, ultrapassou Garotinho, acendendo a luz amarela no PR.

Crivella, até então um coadjuvante, começava a crescer e a por em risco a ida de Garotinho, para a segunda fase, algo inimaginável até então. Porém, o ditado que diz que política é igual a nuvem se concretizou.

Quando todos esperavam uma disputa entre Pezão e o ex-candidato a Presidência da República, a rejeição do senhor da Lapa - que chegou ao patamar de quase 50% em algumas sondagens - sacramentou a sua derrota e colocou o sobrinho de Edir Macedo, de forma histórica, no segundo turno.

Enquanto escrevo esse artigo, o TRE/RJ já computou 99,72% das urnas e Pezão, governador candidato à reeleição, está com 40,59% votos, enquanto o senador Crivella tem 20,25% e o ex-prefeito de Campos na terceira colocação, com 19,72%. O resultado somente foi confirmado com mais de 99% das urnas apuradas.

Agora, teremos que aguardar a posição do deputado federal Anthony Garotinho, afinal, seu poderio de votos não pode ser ignorado. Contudo, a sua rejeição pode atrapalhar os dois, que irão participar do segundo turno.

A derrota de Garotinho é a prova cabal de que uma parcela considerável do eleitorado do Estado do Rio de Janeiro não acredita na sua forma de fazer política e pode interpretar, de forma negativa, uma aliança de um dos postulantes que restaram com o ex-governador.

Agora, teremos uma disputa em que os problemas do Estado do Rio poderão ser discutidos com mais profundidade. A temperatura deverá ser mais concentrada e os candidatos não poderão apenas prometer. Terão que apresentar a viabilidade dos projetos e como farão para incluí-los no orçamento do estado.

A hora é de dar um freio nos discursos agressivos e pessoais - realizados, principalmente por Garotinho. A tática de agredir, sem dó nem piedade, perdeu o sentido.

A população não considera essa forma de trabalhar sinônimo de bravura. Pelo contrário, muda seu voto quando está diante de um candidato a cargo eletivo que deixa passar uma imagem desagregadora, como se fosse um ‘trem descarrilado’.

Não restam dúvidas que os dois - que foram chancelados pelo povo para disputar o segundo turno - não são santos. Porém, tenho a impressão de que haverá um debate mais centrado nas propostas e, caso isso corra, será muito bom para os cidadãos fluminenses.

Quanto a Garotinho, a hora é de ‘lamber a feridas’, focar no seu reduto e aprender, novamente, a ser Oposição. E, como bem sabemos, é algo árduo - principalmente para alguém que consegue mais inimigos do que aliados em sua trajetória política pelo Poder.

Cláudio Andrade.

6 comentários:

  1. É bom ele e sua trupe aprenderem logo.... o povo não quer esmola ...quer emprego..... a Prefeitura está a deriva....governo acéfalo...povo quer sofre como nesta crise infinita dos ônibus

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  2. ADoREI! Afinal.."Que REI é ELE?e a RAINHA MÁ?

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  3. O povo deu sua resposta,não são mais bobinhos que se deixam enganar,precisa mostrar serviço e simpatia para ganhar uma eleição.O povo não que mais saber de bla,bla,bla,

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  4. Garotinho vc precisa agora calçar as sandálias da humildade.

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  5. Garotinho vc sabe que os grandes culpados da sua derrota,é o seu povo mesmo secretários e DAS.Acordaaaaaaaa....

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  6. Vc perdeu porque trabalha muito mal,esta esquecendo do povo,nos que moramos nos distritos estamos literalmente abandonados.BEM FEITO.

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oi