A campanha eleitoral visando ao pleito de outubro chega ao mês de agosto com uma constatação: a crescente rejeição de Garotinho, vislumbrada nas últimas pesquisas de opinião, está atrapalhando as candidaturas daqueles ligados ao referido líder político.
Militantes de diversos grupos e alguns líderes estão começando a ter dificuldades em fazer campanha e de angariar colaboradores financeiros. A ligação dos postulantes ao nome de Garotinho está fazendo com que alguns candidatos estejam com enormes complicadores na busca por votos.
Vale lembrar que o desgaste de Garotinho não é um evento novo. Na eleição municipal em que Rosinha foi eleita, o núcleo duro do partido proibiu que o deputado federal e candidato ao Governo do Estado do Rio aparecesse com ela. Rosinha mesma tentou desatrelar o “Garotinho” para que o desgaste dele não afetasse sua trajetória que, diga-se de passagem, foi vitoriosa.
Nos bairros e distritos do município de Campos, é nítida a dificuldade na colocação de placas em residências e no comparecimento em reuniões de eleitores que, até querem votar nos candidatos do PR, mas não aceitam a ligação do seu escolhido com Garotinho.
Essa situação está sendo um obstáculo e criou, de forma inesperada, uma migração gradual de votos - antes garantidos ao PR - para os candidatos não atrelados a Garotinho.
A identificação desse problema está fazendo com que candidatos do grupo peçam votos sem forçar o casamento do seu número ao de Garotinho ao Governo do Estado.
A única candidatura que ainda não sofre esse desgaste é a de Clarissa, filha do casal de ex-governadores, pois possui a máquina trabalhando vinte e quatro horas em seu favor.
As demais, mesmo se esforçando para manterem a postura, não estão conseguindo convencer que Garotinho é o nome ideal e começam a liberar seus eleitores para votarem em quem desejarem para “hóspede” do Palácio da Guanabara.
Dentro desse contexto, há um fator que complica em demasia o pedido de votos para Garotinho. Não há dinheiro para todos os postulantes e o líder do PR não esconde a sua preferência por Clarissa e Pudim.
Assim, os demais, além de terem que desatrelar suas candidaturas ao nome de Garotinho, estão à míngua de outras ajudas, tendo que contar com poucos colaboradores.
Esse fenômeno de migração faz com que alguns candidatos de Oposição recebam correligionários de outras siglas para a celebração de acordos até então inimagináveis, tudo em nome da sobrevivência.
Na verdade, não se sabe o que mais está irritando os candidatos não “ungidos” por Garotinho: a obrigação em ter que pedir votos para o ex-governador ou o fato de terem que suportar uma campanha com poucos recursos enquanto outras navegam em céu de brigadeiro.
O início do horário eleitoral gratuito será crucial para que os institutos de pesquisa identifiquem a alternância de votos, principalmente para os postulantes ao Governo do Rio.
Enquanto isso, aqui, na disputa por cadeiras na Alerj e na Câmara Federal, a luta passa a ter um ingrediente novo.
Além do tradicional combate entre Situação e Oposição, surge o desgaste crescente de Garotinho que, por enquanto, está sendo favorável aos oposicionistas.
Vamos aguardar.
Cláudio Andrade
Tem sentido esta rejeição por conta dos candidatos do PR e que os candidatos eram puxa sacos de Arnaldo Vianna e MAIORIA FORAM PUXAR O SACO DO GAROTINHO E POR ISSO QUE NINGUÉM ACEITA OS CANDIDATOS do garotinho e tem essa rejeição!!
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