A Receita Federal cobra de Dunga, novo técnico da seleção brasileira, pelo menos R$ 907 mil pela suspeita de não ter pago imposto sobre dinheiro movimentado no exterior em 2002.
O volante e capitão do time nacional na conquista da Copa-1994 já perdeu na instância interna da Receita e, em novembro do ano passado, teve recurso rejeitado no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) do Ministério da Fazenda. Ele nega as acusações –leia ao lado.
De acordo com o Carf, há indícios "veementes" de que Dunga se valeu de operações financeiras inexistentes para pagar menos imposto.
O valor cobrado pela Receita inclui o imposto de renda supostamente não pago (R$ 325 mil), duas multas e juros. O cálculo de R$ 907 mil foi atualizado até abril de 2007.
Corrigido pela inflação acumulada até junho deste ano, passa de R$ 1,3 milhão –o valor exato é apurado na execução da dívida. Dunga já recorreu à segunda instância do Carf e ainda pode levar o caso à Justiça –a cobrança fica em suspenso até lá.
A operação sob suspeita envolve depósitos no valor total de US$ 270 mil feitos, em 2002, numa conta do treinador no Banco do Brasil no exterior. Dunga não declarou essas receitas ao fisco.
Folha de São Paulo
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