sexta-feira, 11 de julho de 2014

Qual o endereço da “Minha cidade, meu amor”?

Terceira Via

A prefeita de Campos dos Goytacazes - Rosinha Garotinho – faz uso, nos anúncios publicitários do nosso município, do slogan “Campos, minha cidade, meu amor”.

Trata-se de uma propaganda bem feita que fixa na mente dos campistas as realizações ou tentativas de realizações da Administração Pública sob seu comando desde o ano de 2008.

O slogan é autoexplicativo e demonstra que estamos diante de um governo “por excelência” em que todos os setores públicos funcionam da melhor maneira como “um relógio suíço”, o que, infelizmente, não acontece.

Tenho andado pelo município e vejo que existem dois mundos. O primeiro, abastecido por aproximadamente R$ 60 milhões em propaganda oficial e o outro, sofrido, inconcebível e surreal.

O distrito de Guandu não tem um guarda municipal sequer na escola administrada pela Prefeitura de nossa cidade. Além disso, não há luz em diversas ruas, o atendimento de ambulância é precário e o transporte público ineficaz.

Em Guandu, várias pessoas precisam caminhar até o asfalto da BR-101 para pegarem condução ao centro da cidade onde trabalham, estudam ou buscam uma consulta médica.

Devido à ineficácia do transporte público, os moradores que precisam de uma condução imediata pagam a motoristas particulares quantias que variam R$ 30 a R$ 60. Isso mesmo! Os tributos são pagos, mas o cidadão precisa bancar locomoção alternativa do próprio bolso.
Visitando o outro extremo do município, fui ao Largo do Garcia e lá, a situação é ainda pior. Trata-se de uma comunidade que está entregue à própria sorte. As ruas da localidade estão esburacadas e sem asfaltamento.

O transporte público lá não existe. Há quatro meses que não passa um ônibus dentro do Largo do Garcia. Os moradores andam cerca de dois quilômetros até o asfalto e aguardam nunca menos de uma hora por um transporte lotado com destino ao centro da cidade.

No Largo do Garcia, não há água potável. Os moradores, muitos deles idosos, não têm assistência da empresa “Águas do Paraíba” nem mesmo dos caminhões-pipas que prestam serviços mediante licitação da Prefeitura. Eles, mesmo sendo contribuintes e eleitores, usam a água de poço.

As emergências em Largo do Garcia são sempre onerosas. Caso alguém daquela localidade precise de uma condução urgente, terá de pagar valores que variam de R$ 30 a R$ 50 a motoristas particulares.

Nos dias de chuva, o barro das olarias ali existentes escorre e invade as ruas da localidade e nenhum morador consegue andar. Isso prejudica a todos, inclusive o modesto comércio local.
Diante desses fatos, qual o endereço da “Minha cidade, meu amor”?

Esse slogan definitivamente não retrata a realidade desses locais. É preciso divulgar esses problemas, como ora faço, para que a sociedade campista tome ciência da gravidade fática e estrutural dessas humildes e sacrificadas comunidades.

Por fim, cito a frase da moda, entoada aos quatro cantos pelos agentes públicos municipais: “porque pra ser bom de verdade tem que ser bom pra todo mundo".

Pelo visto, essa frase de efeito não vale para os moradores de Guandu e do Largo do Garcia. Não vale mesmo! Lamentável!

Cláudio Andrade.

4 comentários:

  1. Bom dia Cláudio...
    Conheço a dura realidade de Travessão, Guandu,
    Conselheiro Josino, Vila Nova, Paraiso, Murundu, Santa Barbara etc. Sou daquela região, tenho vários parentes e acompanho de perto a dura realidade da população daquela região.
    Quem vc neste casal, são pessoas que não tem cultura, infelizmente ou pessoas que mamam nas tetas do governo. Este é a dura realidade. Quem trabalha, paga os impostos quer uma cidade com todos os serviços funcionando dignamente. São tantas coisas erradas que poderia escrever um livro.
    Veja que loucura, em Campos parece que as secretárias da prefeituras estão todas em ordens, pois se tem um feriado no dia anterior é ponto facultativo e nada funciona, que isso!!!!! Vamos trabalhar serviço não falta.
    Se tivessemos uma administração séria colocariam pessoas capazes para administrar as secretárias e não fariam das mesmas cabide de empregos.

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  2. Campos minha cidade meu terror

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  3. Nao sei pq amor eles nao tem nem mesmo pela sua familia.

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  4. Quando vc fará uma visita a Venda Nova e Campo Novo? As escolas e o posto de saúde precisam serem citadas tb.A comunidade tb necessita ser entrevistada por vc.

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oi