segunda-feira, 23 de junho de 2014

Garotinho negocia com PROS para tentar sair do isolamento na campanha do Rio


Após a união do PMDB fluminense com os tucanos e o DEM de Cesar Maia, o deputado federal Anthony Garotinho, pré-candidato do PR ao governo do Rio, lançou mão de sua última cartada. Primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, mas com o apoio apenas do PTdoB, ele foi nesta segunda-feira a Brasília. Lá, reuniu-se com o presidente nacional do PROS, Eurípedes Macedo Júnior. O PROS é cobiçado por praticamente todos os candidatos ao Palácio Guanabara.

O ex-governador do Rio foi convidado pela direção do PROS para a convenção nacional do partido, ontem em Brasília. A aliança entre Garotinho e PROS seria essencial para que ele ampliasse seu tempo de TV no horário eleitoral, hoje entre um minuto e meio e dois minutos - um quinto do previsto para o PMDB. Com o PROS, ele garantiria mais um minuto.

O PROS deve decidir nesta quarta-feira seu rumo no Rio. Garotinho negou que esteja isolado.

- Quem está isolado é quem não tem voto, não quem não tem apoio. É preferível ser sem partido a ser sem voto. Minha aliança, eu já defini desde o início da campanha, é com o povo - disse anteontem.

A estratégia de Garotinho é fazer campanha como se disputasse a prefeitura, concentrando esforços na capital e na Região Metropolitana, áreas onde tem maior rejeição.

Irada com o anúncio de que Cesar será candidato ao Senado na chapa de Pezão, a deputada Clarissa Garotinho (PR), filha de Garotinho, fez duras críticas ao ex-prefeito e ao filho dele, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM). Rodrigo foi candidato a prefeito em 2012, com Clarissa de vice.

Segundo a deputada, Rodrigo lhe garantira, na eleição passada, que este ano o DEM apoiaria o PR. Ela acusou Rodrigo e Cesar de romperem o acordo:

- Achei uma aliança esdrúxula e oportunista. O maior arrependimento que tenho na vida foi ter sido vice do Rodrigo Maia. Quando o Rodrigo me procurou, dizendo que queria disputar a eleição, disse que precisávamos nos unir para derrotar as forças do mal do PMDB, e, em nome disso, eu me uni a ele. E, agora, ele volta atrás para justamente se unir a essa força do mal.

O Globo


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