Jornal Terceira Via
A sociedade campista acompanha com incredulidade os últimos acontecimentos na Câmara dos Vereadores, seguindo-se a falta de respostas e satisfação plausível.
Na última quarta-feira, em plenário, o vereador da Oposição - Rafael Diniz - e a edil da base de apoio da prefeita Rosinha - Auxiliadora Freitas - requisitaram uma audiência pública para discussão acerca da Cultura em nosso município.
O pedido foi negado por maioria dos vereadores presentes (da Situação). Uma lástima já que se sabe que a atual gestão municipal utiliza os meios de comunicação, introduzindo nas propagandas oficiais que os investimentos na Cultura vão muito bem. Já que não há o que se discutir, por que negar um pedido, em tese, meramente, explicitador?
Em que pesem milhões de reais em propaganda oficial positiva, a prefeita Rosinha não ‘liberou seus vereadores’ para o voto a favor da pugnada audiência pública.
Por que não dissolver as inúmeras dúvidas levantadas por aqueles que exercem o controle externo do Poder Público já que, como alegado pela atual gestão, tudo caminha tão bem?
As eventuais ou convenientes utilizações do Cepop, o alto gasto com o show de Maria Bethânia, os aluguéis de palco e a vedação da produção artística ‘Bonitinha mais Ordinária’ são questões obscuras que, até o presente momento, não foram respondidas a contento pela Fundação Cultural Jornalista Osvaldo Lima.
E não para por aí: No Diário Oficial, já consta o extrato do contrato, indicando que a referida Fundação Cultural pagou R$ 100.000,00 (cem mil reais) para que alguns integrantes da Escola de Samba Vila Izabel participassem do Carnaval fora de época de nossa cidade.
Além disso, na edição do Diário Oficial do dia primeiro de julho de 2013, constata-se que a Escola de Samba Grande Rio recebeu R$ 90.000.00 (noventa mil reais) e a Unidos da Tijuca R$ 80.000.00 (oitenta mil reais), do bolso do contribuinte campista.
Detalhe: nenhuma dessas escolas trouxe um diferencial artístico, ou seja, personalidades da mídia carnavalesca para o desfile em nossa cidade. Quem assistiu ao desfile, foi contemplado com um desrespeitoso aperitivo.
Por que as escolas de samba do Rio receberam aproximadamente duzentos e setenta mil reais pela apresentação e os blocos e escolas de nossa cidade não receberam tamanho prestígio do Poder Público?
Em verdade, os grêmios recreativos locais tiveram que se contentar com uma variável de R$ 40 mil a R$ 80 mil para uma agremiação inteira, ressaltando-se as fantasias, bateria, entre outros artefatos para uma apresentação completa.
Enquanto isso, a presidente da Fundação - Patrícia Cordeiro - ainda não se valeu da mídia para responder à população os temas pendentes de esclarecimento. E a atual Gestão se mantém em silêncio!
Uma audiência pública em torno de todas essas questões e com a efetiva participação dos agentes públicos, vereadores, artistas e a sociedade campista é de extrema relevância.
No entanto, o pedido foi negado e, mais uma vez, os cidadãos terão de se contentar com respostas repletas de alegoria, fantasias mirabolantes e um enredo pra lá de conhecido.
Cláudio Andrade
Cultura para o pessoal do governo é gastar muito com eventos sem expressão no Cepop. Também o público que freqüenta fica muito feliz, pois os mesmos não tem nenhuma despesa, pois são sustentados pelo cheque cidadão, bolsa família, cinqüenta ou cem reais para votar no político X, e outras coisitas mais. Fazer cultura assim é fácil!
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