O deputado estadual Roberto Henriques questionou na manhã deste sábado, em seu programa semanal Espaço Aberto, na rádio Continental AM, em Campos, a postura de alguns parlamentares, sejam vereadores ou deputados, e também de governantes, que indicam cabos eleitorais e/ou amigos para contratos com empresas que prestam serviços aos governos. Roberto chamou a postura de politiqueira e reafirmou que não é contra a terceirização, mas que o papel do parlamentar é fiscalizar os contratos de concessão, seja ele da oposição ou da base aliada.
Vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), Roberto Henriques integra a base do governo estadual, mas disse que não aceita indicar funcionários terceirizados por respeito aos trabalhadores, para manter a independência do mandato e porque zela pela qualidade do serviço público prestado à população.
- É preciso que haja servidores preparados. Estamos falando de dinheiro público que paga os contratos de terceirização e consequentemente os salários. Servidor público é concursado. Mas se é necessário terceirizar deve ser feita uma licitação limpa, na base da lei, e a empresa deve escolher os funcionários capacitados. De preferência ouvir os chefes dos setores onde o trabalhador irá atuar, seja na saúde, educação ou outra área, para aproveitar o funcionário que já está no setor, ou promover um processo seletivo justo. Indicação politiqueira tem objetivos eleitoreiros. Não se pode usar os seres humanos desta forma, não se pode terceirizar o ser humano e sim o serviço – afirmou o deputado.
Em recente licitação para contrato com a secretaria estadual de Educação, Roberto Henriques enviou carta aos diretores de escolas pedindo para que ajudem a fiscalizar os serviços da empresa vencedora e que, no máximo, seja ouvida a opinião da comunidade escolar para aproveitamento dos trabalhadores mais antigos, quando possível.
- Em Campos os terceirizados vêm pagando um alto preço devido à intimidade, ao longo das últimas administrações, com vereadores, secretários e prefeitos, ao ponto de os escritórios de algumas empresas terem extensão em gabinetes de secretários. E quem mais paga o preço desses desmandos é o trabalhador terceirizado – disse Roberto Henriques.
O deputado Roberto Henriques apresenta o Espaço Aberto na Continental todos os sábados, das 10h ao meio-dia.
Fonte: assecom do parlamentar
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