Terceira Via
A prefeita Rosinha Garotinho está em seu segundo mandato. Sua gestão (assim como qualquer outra) tem erros e acertos.
Todavia o que, de fato, vem nos chamando a atenção, é a passividade com que a oposição de nosso município vem se portando diante do grupo político que se encontra no poder.
Diversos integrantes do atual quadro administrativo municipal são agentes públicos vindos de governos passados. Agentes que, em vez de manterem sua posição ideológica, migraram para a atual gestão, ignorando o passado como se aquele tempo não tivesse qualquer relevância.
Como exemplo, pode-se citar: Geraldo Venâncio (secretário de Família e Assistência), Dante Pinto Lucas (subsecretário de saúde), Edilson Peixoto (secretário de Obras) dentre outros que, há pouco, não comungavam com a linha política adotada pelo casal de ex-governadores.
E para piorar a situação, vislumbramos oposicionistas sem cargo. Por mais que se entenda que ‘fazer oposição sem a caneta’ seja difícil, não tem surgido movimentos organizados que levem a um controle externo contundente dos gastos públicos em nosso município.
Alguns líderes comunitários e cabos eleitorais ‘de peso’ - que estiveram ao lado da oposição - estão nomeados na gestão atual em variados cargos de confiança e disseminados por toda a Administração Pública.
Além disso. algumas entidades de classe também têm parentes em cargos de nomeação na prefeitura, o que - embora não configure ilegalidade - acaba por inibir eventuais cobranças ao Governo.
No setor de Comunicação, a situação também é problemática. É consideravelmente alto o número de profissionais nomeados na prefeitura de Campos.
Em que pese o respeito devido a esses profissionais, é notório que o fato de eles estarem atrelados ao Governo inviabiliza que nos disponibilizem uma versão fática desvinculada e um contraditório seguro.
Registre-se, ainda, que o estágio universitário de grande parte dos acadêmicos de Jornalismo em Campos, se faz na Secretaria de Comunicação de nossa cidade, o que demanda uma vigília ainda maior acerca de futuros comprometimentos ético-profissionais.
Infelizmente, a oposição não é vista como uma alternativa real e efetiva. Isso porque geralmente é identificada como um agrupamento de ‘ressentidos’ com a gestão atual, e como aqueles que foram vencidos.
Mas como? Grande parte da antiga oposição já está inserida nos cargos da situação que antes tanto contestava!
Ainda nessa senda, pode-se afirmar que não é apenas a composição da base do governo que inviabiliza a visibilidade e o crescimento da atuação da oposição.
Existem outros fatores como a dependência econômica, ‘sede’ de poder e o respaldo tímido que a sociedade confere aos oposicionistas de plantão.
A ala oposicionista e a sua efetiva atuação são de extrema relevância para o exercício pleno da democracia.
Porém, a atual gestão não considera o debate como necessário para o aprimoramento político-social uma vez que opta por impor um monólogo vantajoso. Ainda mais, por a situação ser a detentora da máquina administrativa torna a oposição um agrupamento caricato e digno de risos.
Assim, a oposição se porta como figurante de um cenário muito maior do que aquele a nós apresentado.
Cláudio Andrade
você é muito inteligente .
ResponderExcluirDr. Jorge Rangel, vereador do grupo governista (atual secretário de limpeza pública), comandou a mesma secretari no governo Mocaiber; cargo esse, que lhe garantiu seu primeiro mandato!
ResponderExcluirTem msm oposição em Campos? Onde??
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