Policiais da Delegacia Fazendária (Delfaz) fazem, nesta segunda-feira, uma operação para descobrir um esquema de fraude envolvendo uma empresa criada com documentos falsos que fez negócios com deputados, prefeituras, secretarias estaduais e até com a Polícia Civil. Pela manhã, foram realizadas buscas em quatro endereços em nome da empresa GAP Comércio e Serviços, criada em nome do “fantasma” George Augusto Pereira. Segundo as investigações da Tutela Coletiva do Ministério Público e da Polícia Civil, a empresa teria sido usada para sonegação e lavagem de dinheiro de pelo menos R$33.651.461,24, em contratos.
O inquérito investiga o responsável pela criação de George, o fantasma revelado pela revista "Época". A carteira de clientes da empresa inclui deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e a Prefeitura de Campos, dois deputados federais, a Alerj, duas secretarias estaduais, a prefeitura de Duque de Caxias, além da própria Polícia Civil. Depois de criada, a GAP foi vendida para Jacira Trabach Pimenta, uma senhora de 69 anos, mãe do atual procurador da empresa, Fernando Trabach Gomes.
Entre os endereços vasculhados na operação desta segunda-feira está um apartamento no Condomínio Golden Green, onde mora Fernando Trabach. O empresário não estava no local, mas o filho, de mesmo nome, acompanhou o trabalho da polícia.
Segundo a delegada Izabela Santoni, o objetivo da operação é recolher provas que possam não só identificar o criador do “fantasma”, mas todos que utilizaram o esquema para lavagem de dinheiro ou sonegação fiscal.
— Estamos também fazendo buscas na sede da empresa em Caxias. Recolhemos muitos documentos. A operação foi um sucesso e ajudará a gente a apurar os responsáveis pelo esquema e o total do dinheiro desviado — afirmou a delegada.
Criada em 2006 sob o nome fantasia GAP Produtos Automotivos, a empresa alugou ambulâncias para a Prefeitura de Campos, carros de fumacê para a de Caxias e carros de luxo para Garotinho e os deputados federais Zoinho (PR-RJ) e Cristiano (PTdoB-RJ). Para a Secretaria de Saúde e a Polícia Civil, vendeu pneus. A Alerj e a Secretaria de Ciência e Tecnologia não informaram o que compraram.
O Ministério Público está interessado em saber detalhes do repasse da Prefeitura de Campos, o maior de todos, de pelo menos R$ 32 milhões. Uma ação civil pública da Promotoria de Tutela Coletiva investiga o contrato com a prefeitura.
As informações são do Globo .com
Em Campos há matéria também no Blog "Na curva do Rio"
O teto do casal poderoso está desabando.
ResponderExcluirPor aí vem mais!