Jornal Terceira Via
Quando esta coluna for ao ar, ainda não teremos a confirmação oficial de que o deputado federal do PR/RJ- Anthony Garotinho - foi o escolhido como o novo líder da sigla na Câmara dos Deputados. A tendência de seu nome ser chancelado é grande. Isso é muito bom para ele, mas nem tanto para o Partido da República.
Desde que o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro foi eleito deputado (com uma votação de quase setecentos mil votos), sua busca incessante para ocupar o máximo de espaço possível, no Parlamento e na grande mídia, é digna de nota.
O resultado obtido por Garotinho foi positivo. Não nos custa lembrar que o PR, no âmbito federal, faz parte da base aliada do governo Dilma. Além disso, a sigla figura no ‘baixo clero’, ou seja, está entre aquelas legendas que não têm força parlamentar para aprovação de projetos de forma individual tampouco têm peso político para influenciar nas decisões tomadas no Poder Executivo Federal.
Uma vez alçado ao cargo de líder, Garotinho fará o que mais sabe: Política. Até agora, mesmo se esforçando para tentar algo diferente, o ex-prefeito de Campos foi retórico e suas ações esbarraram no ‘rolo compressor’ formado pelo PT/PMDB, que representam os interesses da presidente Dilma na Câmara e no Senado.
Ciente das dificuldades de crescimento que o seu partido apresenta dentro do contexto articulatório do Congresso Nacional, Garotinho, de forma perspicaz, trabalhou a sua indicação na surdina, o que negou com veemência diante da mídia.
Enquanto isso, caso não haja nenhuma implicação de ordem jurídica, Anthony Garotinho será candidato ao Governo Estadual em 2014. Sua candidatura passa por um alinhamento com forças municipais, principalmente com os prefeitos que foram eleitos e com o apoio do diretório estadual.
Como líder, Garotinho poderá fazer (mesmo que de forma implícita) uma oposição mais contundente ao atual governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB). Tendo um plenário para ouvi-lo com mais regularidade, Garotinho, além de defender os interesses do seu partido, desgastará a administração de Cabral. Por conseguinte, seus eventuais adversários nas urnas até o momento: o vice-governador Pezão, o secretário de Segurança Beltrame e o senador petista Lindberg Farias também serão desgastados.
Por outro lado, caso Garotinho direcione a bancada para aprovar projetos oriundos do governo Dilma, poderá perder um discurso precioso de Oposição.
Com o PMDB do Rio não emplacando um de seus nomes na cabeça de chapa e o PT na vice, o Senador Lindbergh será forte postulante ao Poder Executivo Estadual. Nesse contexto, Garotinho, orientando a bancada no sentido de aprovar as mensagens do Governo Dilma, poderá favorecer a candidatura do ex-prefeito de Nova Iguaçu.
Não nos custa lembrar que o Partido da República tem uma relação instável com o governo federal desde o ano passado, quando Dilma retirou o Ministério dos Transportes das mãos da sigla.
A política é a arte da oportunidade. Nesse ponto, Garotinho aproveitou o cenário positivo e terá espaço maior para continuar sua estratégia rumo ao Palácio da Guanabara.
Como dizia o ex-ministro das Relações Exteriores Magalhães Pinto: "Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou".
Cláudio Andrade
Tem gente que jogou pedra no Cabral. Agora vai sentar junto com êle. Não é bom cuspir no prato antes de comer certo galera?
ResponderExcluirParece-me que o nobre advogado quer ver sempre o lado negativo de garotinho. Fica bem claro que tudo o que é falado de garotinho aqui tem uma conotação de "bronca". Âté parece que é só garotinho que quer espaço para mostrar a que veio...
ResponderExcluirOra nobre advogado, admiro seu blog, mas vc deixa bem claro um lado bem anti-garotinho. Sem argumentos contundentes.
Parece-me que o nobre advogado quer ver sempre o lado negativo de garotinho. Fica bem claro que tudo o que é falado de garotinho aqui tem uma conotação de "bronca". Âté parece que é só garotinho que quer espaço para mostrar a que veio...
ResponderExcluirOra nobre advogado, admiro seu blog, mas vc deixa bem claro um lado bem anti-garotinho. Sem argumentos contundentes.
Colhemos o que plantamos, logo, como, Garotinho, poderá colher outra coisa a não ser inimizade.
ResponderExcluirGarotinho é fraco e vai se dar mal na eleição de 2014.
ResponderExcluirSe tiver a mesma aprovação que a filha, no Rio, nem vem!!!É só bater pesquisa.
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