quarta-feira, 7 de novembro de 2012

V Circuito Estadual das Artes traz a peça Rosa para SJB‏







O V Circuito Estadual das Artes traz para São João da Barra a peça teatral “Rosa” que será exibida neste sábado, dia 10, às 19h, no Cine Teatro São João, onde o ingresso será 1Kg de alimento não perecível. Com uma programação diversificada, O Circuito Estadual das Artes busca promover o acesso do público a espetáculos de teatro, dança, música e circo, exibindo produções de reconhecida relevância cultural.

 Ao criar o Circuito Estadual das Artes, o Governo do Estado do Rio de Janeiro aponta para a importância da participação dos municípios no processo de construção de políticas públicas de longo prazo para a difusão da cultura.  “Acessibilidade é a palavra-chave para resumir os objetivos do projeto. Fazemos a arte circular através de espetáculos de grande relevância para os municípios, aos quais eles talvez não tivessem acesso”, explica Marilda Samico, Coordenadora de Artes Cênicas.

A peça - Rosa é uma senhora judia de aproximadamente 80 anos que, durante o período de luto judaico, relembra sua vida, como sua infância em Yultishka (cidadezinha perdida no meio da Ucrânia, de estradas de terra batida e de casinhas minúsculas) até seus dias atuais, em Miami Beach, na América que lhe acolheu.

Rosa também se recorda de vários outros momentos marcantes, como sua mudança para Varsóvia, a invasão da Polônia pelos nazistas, o sonho da Palestina, a tyerra dos antepassados, que Deus havia prometido, sua passagem por Jerusalém, Atlantic City e Connecticut. Clandestina num navio, em Sete, na França, Rosa também viu o mar pela primeira vez e achou que era uma alucinação. Com leveza, emoção e uma pitada de ironia, a personagem nos conduz para quase um século de histórias, suas e do mundo.

A diretora Ana Paz se torna invisível na cena, deixando à atriz o papel definitivo de elaborar a idosa, com os recursos disponíveis da atriz. Essa discreta participação, é a prova do eficiente trabalho da diretoria diante de um monólogo, que além de seu caráter psicológico, abrange realidades políticas e culturais mais abrangentes.

A encenação tem ainda no cenário de Hélio Eichbauer,  com sua discreta exposição de objetos e símbolos, e na iluminação sutil de Paulo Cesar Medeiros, os eficientes complementos da montagem em cartaz no Teatro do Leblon. Débora Oliveiri, absoluta e íntegra no palco, se reveste da mulher judia com detalhes que transformam a personagem em verdadeira feixe memorialístico. Num trabalho de composição, elaborado em mínimos matizes, do desenho físico ao sotaque, Débora costura atuação minuciosa, mas acima de tudo, sincera.

As informações são da Assecom da Prefeitura de SJB.


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