Nesta terça (6), os repórteres Thiago Herdy, Isabel Braga e Maria Lima noticiam novos e incômodos detalhes sobre as incursões de Pimentel no mercado das consultorias. A reportagem refere-se a um pedaço do faturamento do ex-consultor: R$ 400 mil, pagos em duas parcelas pela QA Consulting Ltda..
No dizer do próprio Pimentel, trata-se de "empresa de informática pequeninha". De fato, a QA está registrada na Junta Comercial mineira como “microempresa”. Pelas leis brasileiras, enquadram-se nessa categoria as firmas que faturam até R$ 360 mil por ano.
Ou seja: considerando-se o registro oficial e a perspectiva de faturamento, os R$ 400 mil pagos a Pimentel a título de consultoria ganham a aparência de uma extravagância. São sócios da QA: Alexandre Allan, 36, e Gustavo Prado, 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário da P-21, a firma de consultoria de Pimentel.
Verificou-se que, dois dias antes de efetuar o primeiro pagamento a Pimentel (R$ 200 mil), a QA recebera R$ 230 mil de outra empresa, a HAP Engenharia. Alega-se que a QA prestou à HAP serviços de "infraestrutura para soluções de rede." Um negócio tipificado como atividade de engenharia civil.
Normalmente, serviços enquadrados nessa categoria devem ser precedidos de registro no Crea. Chama-se ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Não há no Crea de Minas Gerais vestígio de ART referente aos serviços prestados pela QA à HAP.
A coisa passaria despercebida não fosse por um detalhe: a construtora HAP não é estranha a Pimentel. Desde de maio de 2011, corre na 4a Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte uma ação civil pública que liga o ministro à empreiteira.
Ajuizada pelo Ministério Público, a peça acusa a construtora de superfaturar obra da prefeitura de Belo Horizonte na época em que Pimentel era o prefeito. O ministro e ex-prefeito frequenta a ação na condição de réu, ao lado de Roberto Senna, dono da HAP.
De acordo com o Ministério Público, o superfaturamento teria alçado a casa dos R$ 9,1 milhões. Parte da cifra teria sido borrifada nas arcas eleitorais de Pimentel. As informações são do Jornalista Josias de Souza.
Presidente Dilma, por favor dá uma reorganizada nos seus ministérios, tá igual uma mangueira cheia de mangas podres que caem ao menor balanço de suas atividades e relacionamentos escusos com empresas prestadoras de serviços ao governo federal.
ResponderExcluirNão dá para fechar os olhos para a vida pregressa dos indicados pelos partidos aliados, só para agradar e cumprir os acordos de distribuição de cargos nos ministérios e secretarias. O povo brasileiro já está de saco cheio disso, queremos FICHA LIMPA já, em todas as esferas de governo do Brasil.
A empresa P-21 foi aberta em 2009 está com toda a prestações de contas em dia, tributos foram recolhidos e além disso Pimentel deixou a empresa antes de assumir o posto como Ministro de Estado. A matéria retrata atividade antiga, lícita e já conhecida do Fernando Pimentel como se fosse algo novo e realizado de forma ilegal, ou seja, o texto está mais para factóide que para notícia.
ResponderExcluirSrs,
ResponderExcluirse conseguirem aprofundar mais um pouco na vida, carreira e contas particulares do Otílio Prado e família, tenho certeza que descobrirão muito mais. O Patrimônio dele parece ser incompatível com o salário de Assessor da PBH, por sinal a mais de 10 anos!