terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ministro Fernando Pimentel pode ser a 'bola' da vez


Nesta terça (6), os repórteres Thiago Herdy, Isabel Braga e Maria Lima noticiam novos e incômodos detalhes sobre as incursões de Pimentel no mercado das consultorias. A reportagem refere-se a um pedaço do faturamento do ex-consultor: R$ 400 mil, pagos em duas parcelas pela QA Consulting Ltda..

No dizer do próprio Pimentel, trata-se de "empresa de informática pequeninha". De fato, a QA está registrada na Junta Comercial mineira como “microempresa”. Pelas leis brasileiras, enquadram-se nessa categoria as firmas que faturam até R$ 360 mil por ano.

Ou seja: considerando-se o registro oficial e a perspectiva de faturamento, os R$ 400 mil pagos a Pimentel a título de consultoria ganham a aparência de uma extravagância. São sócios da QA: Alexandre Allan, 36, e Gustavo Prado, 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário da P-21, a firma de consultoria de Pimentel.

Verificou-se que, dois dias antes de efetuar o primeiro pagamento a Pimentel (R$ 200 mil), a QA recebera R$ 230 mil de outra empresa, a HAP Engenharia. Alega-se que a QA prestou à HAP serviços de "infraestrutura para soluções de rede." Um negócio tipificado como atividade de engenharia civil.

Normalmente, serviços enquadrados nessa categoria devem ser precedidos de registro no Crea. Chama-se ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Não há no Crea de Minas Gerais vestígio de ART referente aos serviços prestados pela QA à HAP.

A coisa passaria despercebida não fosse por um detalhe: a construtora HAP não é estranha a Pimentel. Desde de maio de 2011, corre na 4a Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte uma ação civil pública que liga o ministro à empreiteira.

Ajuizada pelo Ministério Público, a peça acusa a construtora de superfaturar obra da prefeitura de Belo Horizonte na época em que Pimentel era o prefeito. O ministro e ex-prefeito frequenta a ação na condição de réu, ao lado de Roberto Senna, dono da HAP.

De acordo com o Ministério Público, o superfaturamento teria alçado a casa dos R$ 9,1 milhões. Parte da cifra teria sido borrifada nas arcas eleitorais de Pimentel. As informações são do Jornalista Josias de Souza.

3 comentários:

  1. Brasil, mostra a sua cara6 de dezembro de 2011 às 10:26

    Presidente Dilma, por favor dá uma reorganizada nos seus ministérios, tá igual uma mangueira cheia de mangas podres que caem ao menor balanço de suas atividades e relacionamentos escusos com empresas prestadoras de serviços ao governo federal.
    Não dá para fechar os olhos para a vida pregressa dos indicados pelos partidos aliados, só para agradar e cumprir os acordos de distribuição de cargos nos ministérios e secretarias. O povo brasileiro já está de saco cheio disso, queremos FICHA LIMPA já, em todas as esferas de governo do Brasil.

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  2. A empresa P-21 foi aberta em 2009 está com toda a prestações de contas em dia, tributos foram recolhidos e além disso Pimentel deixou a empresa antes de assumir o posto como Ministro de Estado. A matéria retrata atividade antiga, lícita e já conhecida do Fernando Pimentel como se fosse algo novo e realizado de forma ilegal, ou seja, o texto está mais para factóide que para notícia.

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  3. Srs,

    se conseguirem aprofundar mais um pouco na vida, carreira e contas particulares do Otílio Prado e família, tenho certeza que descobrirão muito mais. O Patrimônio dele parece ser incompatível com o salário de Assessor da PBH, por sinal a mais de 10 anos!

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oi