O policial militar João Dias Ferreira disse que não possui provas concretas do envolvimento direto do atual ministro do Esporte, Orlando Silva, e de seu antecessor, Agnelo Queiroz, no suposto esquema de desvios de recursos públicos da pasta.
Ao prestar novo depoimento nesta segunda-feira (24) à Polícia Federal, João Dias levou 13 arquivos de áudio e 4 ofícios emitidos pelo Ministério que segundo ele trazem "informações contraditórias" sobre a fiscalização dos repasses. Segundo o policial, o material envolveria assessores da cúpula do Ministério. Ele também apontou quatro ONGs que teriam participação no suposto esquema.
As informações são do Portal G1.
Que mico heim!
ResponderExcluirSerá que tudo por dinheiro?
Blog Reinaldo Azevedo
ResponderExcluir24/10/2011 às 20:45
Esporte - Policial fornece à PF lista de 20 ONGs que estariam dispostas a delatar esquema a favor do PCdoB e de 10 que teriam aceitado fraudes
Por Vannildo Mendes, no Estadão Online:
Em novo depoimento, que durou mais de quatro horas, o policial militar João Dias informou ontem à Polícia Federal que pelo menos vinte Organizações Não Governamentais (ONGs) estão dispostas a delatar o esquema de arrecadação de propina que o PC do B teria montado no Ministério do Esporte, junto a entidades conveniadas com o programa Segundo Tempo. Os representantes das entidades, segundo ele, vão depor nos próximos dias.
Como havia prometido no primeiro depoimento, semana passada, Dias entregou documentos, 13 áudios, um celular e mídias que, a seu ver, comprovam os desvios de recursos públicos da pasta no programa. O material será submetido à perícia da PF. Entre as mídias estão dois áudios, publicados pela revista VEJA Nesta semana, nos quais dirigentes do ministério instruem o policial a fraudar documentos de prestação de contas de convênios firmados entre a pasta e duas ONGs que ele dirige.
(…)
O esquema, detalhou Dias, incluía o pagamento, pelas ONGs conveniadas, de um pedágio de 10% a 20% para um escritório de consultoria e a contratação dos serviços de um cartel de seis empresas indicadas pela cúpula do Ministério, ligadas ao PC do B. Pelo menos 20% de todo o dinheiro dos convênios firmados com 300 ONGs, conforme o policial, eram desviados e parte ia para financiar a estruturação do partido e campanhas de candidatos.
“Fui vítima de chantagem e retaliações porque não aceitei as condições absurdas que me exigiam”, afirmou o delator, em entrevista. Além destas ONGs, ele deu à PF os nomes de outras dez entidades que, segundo garante, aceitaram condições espúrias para obterem recursos do programa. As ONGs, para não serem molestadas na prestação de contas, tinham de comprar produtos e serviços de um pool de seis empresas.
Ele deu à PF os nomes das empresas. Todas serão intimadas a prestar esclarecimentos. Além das ONGs que se propõem a depor espontaneamente, Dias citou outras dez que ele diz ter certeza de que aceitaram pagar o preço ao PC do B para obterem contratos. Entre essas, cinco seriam de Brasília.
Sua lista inclui ainda uma ONG do Rio e uma de Santa Catarina. Inclui também três entidades da Bahia. O esquema seria operado dentro do Ministério por assessores diretos de Silva, entre os quais, o chefe de gabinete, o secretário executivo, o secretário nacional de esportes educacionais e os chefes de áreas técnicas e jurídica.
(…)
Por Reinaldo Azevedo