terça-feira, 20 de setembro de 2011

R$ 100 mil reais dá em moita?


Aportou no STF uma ação judicial que cuida de um dos mais inusitados casos da cruzada eleitoral de 2010.

Envolve as arcas de campanha do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de todos os governos.

Chama-se Amarildo da Rocha Freitas o personagem central do inquérito. Empresário, atuou como colaborador da campanha de Jucá.

Às vésperas do primeiro turno da eleição, Amarildo foi ao escritório de campanha de Jucá. Na saída, carregava um envelope. Entrou no carro, virou a chave e saiu.

Ded repente, Amarildo notou que a uma equipe da Polícia Federal o seguia. Lançou o envelope pela janela do carro.

Os agentes da PF recolheram o refugo num matagal. Dentro, havia R$ 100 mil. Repetindo: o colaborador de Jucá jogou R$ 100 mil pela janela.

Inquirido, Amarildo confirmou que recebera a grana de Jucá. Livrou-se da grana, segundo disse, ficou “assustado” com o cerco policial.

Na época, Jucá reagiu assim: “Não entreguei dinheiro a ninguém, não é dinheiro meu, não é dinheiro de campanha, todo o nosso dinheiro está declarado.”

Agora, reconduzido ao Senado, Jucá diz que desconhece o processo. Alega não ter sido notificado. A contabilidade da campanha foi aprovada, ele sustenta.

A existência humana, como se sabe, gira ao redor do dinheiro. O pobre sua a camisa para ganhá-lo. O rico multiplica-o…

…O falsário falsifica-o. O ministro desonesto desvia-o. O ladrão rouba-o. Todo mundo ambiciona o dinheiro.

Maluco que arremessa pacote de dinheiro pela janela é jabuticaba jamais vista. Só brota nas adubadas cercanias nasce de Romero Jucá.

Os R$ 100 mil do matagal permanecem retiros. Por ora, ninguém se animou a reinvindicar o numerário. Espanto (!), pasmo (!!), estupefação (!!!). Torça-se para que o STF autorize a continuidade das apurações.

Do contrário, ficará entendido que, em Roraima, dinheiro dá em moita. Não haverá quem segure a migração.As informações são do Jornalista Josias de Souza.

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