Atitude imatura na terra dos prefeitos de plantão.

 A posição tomada pela Prefeita Rosinha Garotinho e por alguns de seus secretários de permanecerem dentro do Cesec é temerária. A atual chefe do Poder Executivo municipal foi cassada pela magistrada da 100ª Zona eleitoral de Campos dos Goytacazes e isso é fato.

Por outro lado, o casal de ex-governadores possui um competente grupo de advogados que estão se esforçando ao máximo para poder reverter à situação desfavorável. Para isso possuem argüições no TRE e no TSE.

Todavia, essa história de ficar entrincheirada dentro de um prédio público esperando que a decisão saia é de extrema infantilidade. Rosinha como uma política experiente deveria entender que decisão se cumpre e não concordando com o seu teor, recorre-se.

O canto desenfreado de perseguição não ecoa afinal grande parte dos políticos réus usam dessa mesma tática para encobrir ou amenizar as mazelas administrativas narradas nas peças acusatórias. Um magistrado quando sentencia, baseia-se no mínimo possível de provas, logo não se trata de uma sentença vazia. Quem não concorda, busque os recursos cabíveis.

A necessidade de criar uma pseudo comoção pública, que, diga-se de passagem, é setorial, está lhe trazendo muito mais desgaste do que a própria sentença.  A população de Campos, em hipótese alguma concorda com essa mobilização orquestrada.

Entendo perfeitamente que a Prefeita merece todas as considerações pelo delicado momento que está atravessando e que a situação, de alguma forma afeta o município, mas isso não quer dizer que precisemos chancelar esse ato de rebeldia desenfreada que não mudará um centímetro o contexto negativo do momento, nem mesmo ‘tomba’ sentença.

Os eleitores da Prefeita e os que não coadunam com a sua linha política estão juntos no sentido de que há necessidade de uma solução. Não me refiro a solução dos autos em questão, pois depende de uma série de fatores, inclusive do livre convencimento do juiz em retorná-la.

O que a população deseja agora é saber quem irá administrar a cidade enquanto os tribunais analisam a viabilidade ou não do retorno de Rosinha ao cargo de Prefeita.

Assim sendo, que tal desfazer o acampamento, irmos todos para casa e aguardar os andamentos processuais? Essa vigília ganha repercussão nacional negativa e não desejo ouvir mais uma piada no sentido de que resido em uma cidade onde os Prefeitos trabalham em regime de plantão.

Cláudio Andrade