Hoje pela manhã a sociedade brasileira e, em especial a comunidade jurídica foi surpreendida com a aterradora notícia do assassinato da juíza de Direito da 4ª Vara Criminal do município de São Gonçalo no Estado do Rio de Janeiro Patrícia Acioli.
A nobre magistrada era conhecida por proferir sentenças pesadas contra militares, traficantes e integrantes da máfia de combustáveis. Ao meu sentir, a morte de uma representante do Estado devido ao exercício intransigente pela busca da legalidade é um afronto ao Estado Democrático de Direito. .
A reação dos integrantes da ilegalidade é uma demonstração nítida de que precisamos reagir para que as ações corretas em benefício de uma sociedade mais justa não sucumbam aos detentores dos poderes paralelos inseridos nos setores públicos e privados do país.
A ação orquestrada para impedir o trabalho incessante pela prevalência da lei em detrimento ao ilícito é a demonstração de que as forças de segurança precisam dar uma resposta rápida e contundente à população.
A morte da magistrada bem como outras tantas que assolam as cidades brasileiras infelizmente caminham para a ‘vala’ comum dos temas não solucionáveis.
Como advogado me sinto ultrajado quando presencio o extermínio de uma profissional do Direito pelo simples fato de a mesma colocar o ‘dedo na ferida’ dos interesses milionários daqueles que governam no paralelo.
A morte encomendada deve ser analisada no sentido macro, pois se a prática tornar-se uma ação corriqueira, os que buscam uma sociedade mais justa, estarão sendo ameaçados em dois basilares e imprescindíveis Princípios Constitucionais: a vida e ao ir e vir. .
Por fim, a morte da magistrada é a demonstração nítida de que a legalidade não é a tônica para grande parte da sociedade brasileira.
Cláudio Andrade
Dr Cláudio Andrade,
ResponderExcluirÉ inconcebível que em 06/01/2011 - foi noticiado aqui - http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/autoridades-de-sao-goncalo-estariam-marcadas-para-morrer-20110106.html - a Polícia tenha tomado conhecimento de uma lista de nomes marcados para morrer e nada tenha sido feito.
É um afronto à democracia.
ResponderExcluirParece até com os tempos da Máfia Italiana.
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A polícia e a justiça, tem o dever de dar uma resposta rápida aos covardes criminosos. Casom contrário as instituições públicas estarão em risco.
Reflexões, além de concordar com vc, ainda digo mais, temos nos das de hoje que viver assim:Sob o signo da morte,sob a impunidade, enfim, ela apenas trabalhava e bem!
ResponderExcluirVera Cardoso
Bonito, sensível e verdadeiro o seu texto,Claudio. É vergonhoso o cidadão de bem presenciar tudo isso: o extermínio de uma profissional competente e que ao assumir risco , esqueceu de vigiar à sua própria vida.
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