segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

UM CONGRESSO OBSCURO



O Congresso Nacional não foi renovado na proporção que esperávamos. Todavia, a cada nova legislatura esperamos que algo novo surja no que tange aos parlamentares e seus projetos.

O Brasil é um país onde o político é muito mal visto. Grande parte dessa má impressão é de responsabilidade dos próprios eleitos. Muitos deles, não merecem o cargo conquistado, afinal são homens e mulheres que respondem a toda sorte de delitos.

A carreira de político foi manchada de tal forma, que o caminho para a reconquista da moralidade é longo e difícil de ser percorrido. São anos de impunidade, onde, nós eleitores, fomos aceitando a evolução delituosa de uma parcela considerável de homens públicos.

A nação brasileira acostumou com um tipo nefasto de candidato. São profissionais que abusam do desconhecimento básico de grande parte de nossos eleitores e, pautados maquiavelicamente nas necessidades básicas imediatas do cidadão, conseguem um mandato eletivo.

Outra questão, que deve ser ressaltada, é a morosidade processual, que no âmbito eleitoral faz com que condenados de fato não sofram as efetivas punições de direito. São aproveitadores que utilizam os meandros da imunidade parlamentar para ‘criarem raízes’ na capital do país.

Não acredito que tenhamos muitas notícias agradáveis oriundas da capital federal na legislatura que se inicia. As eternas ‘raposas’ perpetuam-se nos cargos e Sarney torna-se o ícone exemplificativo que nem sempre o bem vence o mal.

Os mocinhos bem intencionados do Congresso perdem pelo conjunto da obra. Devido ao conchavo alinhavado pelos presidentes das grandes siglas, o demais eleitos, permanecem na posição de coadjuvantes e ficam sem condições políticas de avançar. São marionetes e fadados ao baixo clero.

O cidadão brasileiro deveria ter acesso diário as articulações congressistas. Diante dessa oportunidade poderiam constatar que os nobres eleitos perdem um tempo enorme em discussões partidárias em detrimento a propostas viáveis para sanar nossas mazelas sociais.

Não podemos deixar de ressaltar que o eleitor é um ser estranho. Decora os integrantes do BBB que, diga-se de passagem, é o maior projeto de alienação mental patrocinado pela Rede Globo, mas não sabe em quem votou na última eleição.

O cidadão eleitor precisa ter um pouco mais de vergonha na cara e não acreditar na nefasta tática do engodo messiânico de uns ou do cabresto atrelado a favores empregatícios de outros. Precisamos ser nacionais de verdade. Homens e mulheres com ânsia de respeitabilidade e convictos de que precisamos mudar o conceito de política nesse país.
Precisamos reagir.

Cláudio Andrade

3 comentários:

  1. Todo seu artigo está muito bom. Verdadeiro. Analisado ao pé da letra. Porém, esse parágrafo é o cerne da questão:
    ..."A carreira de político foi manchada de tal forma, que o caminho para a reconquista da moralidade é longo e difícil de ser percorrido. São anos de impunidade, onde, nós eleitores, fomos aceitando a evolução delituosa de uma parcela considerável de homens públicos..."
    É visível a descrença da massa, a imoralidade pessoal e corrompível dos representantes do povo.
    Até quando tudo isso, não sabemos.

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  2. Bom dia Dr.Claudio! Eu já comecei a reagir,meus candidatos quase todos perderam, porque já conheço o histórico de muitos corruptos que estão lá so para sugar as verbas públicas, certos da impunidade.
    Abraço!

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  3. DR CLÁUDIO,ANÔNIMOS DAS O7:22 E 07:27, FAÇO VOSSAS AS MINHAS PALAVRAS.

    EM UM PEDAÇO DESTE BRASIL VARONIL
    PRECISAMENTE NA PLANÍCIE GOITACÁ
    HOMENS E MULHERES IGNORANTES
    NÃO APRENDERAM AINDA VOTAR.

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oi