domingo, 20 de fevereiro de 2011

O NOSSO VERDADEIRO VALOR



Todos dos dias buscamos realizar nossos sonhos. Muitos deles não são, em tese, as nossas maiores prioridades, todavia, uma vez não efetivados, nos deixam com a sensação de desconforto perante terceiros.

As conquistas profissionais, sociais e financeiras, por exemplo, são na verdade, grandes satisfações que precisamos conceder a terceiros, sob pena de enfrentarmos um incômodo pessoal intolerável.

Pior do que essa luta desenfreada pela publicidade de nossos feitos é a constatação de que aqueles que realmente nos amam, não querem nossos créditos. Amam-nos simplesmente por sermos pais, filhos, netos, amantes ou amigos.

Para eles, a nossa foto na coluna social, a conta bancária robusta, o carro do ano ou as influências na laboração não são ingredientes condicionadores do nosso valor. Nossos verdadeiros adoradores precisam de nós, pois somos parte integrante de suas vidas. Simples assim.

Nas circunstâncias mais difíceis da vida, que por algum motivo possamos passar, eles aparecem como ‘passe de mágica’. São pessoas bem-humoradas que encontram em nosso mais impenetrável sentimento de tristeza, a esperança que nos faz emergir.

O grande problema é que esse tipo de pessoa encontra-se em extinção. Muitas delas desistiram de prover a felicidade, pois descobriram que não só de amor vivem os homens. O cotidiano atual nos remete a outros sentimentos temporários e simplórios que não resistem ao tempo. Duram enquanto os interesses estejam em voga.


A grande constatação é que precisamos reencontrá-los onde eles estiverem. São seres que, uma vez distantes de nossas vidas, nos torna pessoas menores e sem os charmosos semblantes da alegria.

As vias que nos conduzem ao sucesso nos deixam distantes do verdadeiro sentido da vida. Cegos, esquecemos o cheiro dos filhos, o gosto do beijo, o calor do abraço e o prazer da conversa.

Por fim, precisamos exercer a necessária função de amar de forma simples em favor daqueles que nos desejam pelo sentimento e não pela matéria.

Cláudio Andrade

4 comentários:

  1. amei!parabéns
    Vera Cardoso

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  2. Muito claro o seu texto. Muito bonito. Parabéns!

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  3. Que as pessoas repensem suas vidas e caminhem em direção da QUALIDADE .
    Caminhar em direção ao quantitativo, ao ter, nos faz mercadorias entre outras.
    Escolher ser e ver o outro como GENTE ao invés de OBJETO DE TROCA .

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  4. Sensacional, Dr. Claudio! Parabéns!
    Esta sede desinfreada do ter e não do ser, leva a humanidade se perder
    nos objetivos maiores e essenciais
    da vida. O SER, sem hipocresia, um
    SER de qualidade, um SER de amor ao
    próximo...enfim um Ser capaz de crescer e transformar o mundo sem ser necessário usar e passar por cima dos outros.
    O mundo está carente de SERES HUMANOS Coerentes no que dizem ,no que pensam e como agem. A sede do PODER destrói a capacidade de Amar,
    de ser Humilde e de praticar a Caridade.


    Beth

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oi