NOBEL DA PAZ: OS MOTIVOS DA NÃO INDICAÇÃO DE LULA

Compilo, abaixo, as reações de Lula ao Nobel da Paz ano a ano, baseadas em informações recolhidas no site do Itamaraty. Caso alguém encontre a lógica, sirva-se dos comentários:

2003

Por decreto, o governo cria em abril uma Comissão Nacional de Apoio à candidatura da Pastoral da Criança ao Prêmio Nobel da Paz de 2003. O lobby não dá certo, e Lula não cumprimenta Ebadi.

2004

Em nota oficial, Lula cumprimenta a vencedora daquele ano, Wangari Maathai, vice-ministra para o Meio Ambiente e Recursos Naturais do Quênia.

2005

O chanceler Celso Amorim, em nota, elogia a escolha do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei, a quem chama de “amigo”.

2006

O governo ignora a nomeação do “banqueiro do povo” Muhammad Yunus, de Bangladesh, criador do microcrédito.

2007

Lula, em nota, parabeniza o ex-vice-presidente americano Al Gore e o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), Rajendra Pachauri.

2008

Pela terceira vez, Lula deixa de cumprimentar o ganhador. Neste ano, o vencedor é o ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, que atuou em processos de paz como o da antiga Iugoslávia.

2009

Lula envia mensagem ao colega Barack Obama: “É com grande alegria que felicito Vossa Excelência pelo recebimento do Prêmio Nobel da Paz deste ano. Ao agir com a ‘profunda urgência do agora’ a que se referia Martin Luther King em sua luta pelos direitos civis, Vossa Excelência iniciou, em apenas nove meses de mandato, esforços diplomáticos que têm o potencial de criar um ambiente internacional marcado pela paz e pelo desenvolvimento justo e sustentável."

2010

Quarto silêncio. O assessor para Assuntos Internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia, disse desconhecer o dissidente chinês Liu Xiaobo e que preferia o presidente boliviano, Evo Morales.