Rodolfo Torre, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), candidato que liderava as intenções de voto para o governo do Estado de Tamaulipas, no norte do México, foi assassinado ontem em uma emboscada perto do aeroporto de Ciudad Victoria. Além de Torre, foram mortos também Enrique Blackmore Smer, deputado estadual, e quatro guarda-costas. Torre é o candidato mais importante a ser assassinado às vésperas da eleição de domingo, quando 12 dos 31 Estados do país escolherão seus governadores. Ele é também o político de mais alto escalão morto no México nos últimos 16 anos.
O crime aumentou os temores de que a violência dos cartéis da droga afetem as eleições. Analistas afirmam que as ameaças dos traficantes, especialmente no norte do México, podem intimidar eleitores e candidatos. O presidente mexicano, Felipe Calderón, acusou os cartéis de tentar influenciar o processo eleitoral. "O assassinato de Rodolfo Torre mostra que o crime organizado é uma ameaça permanente no país", disse. "É preciso união para combater os cartéis, que querem interferir nas decisões dos cidadãos e no processo eleitoral."
O presidente do Instituto Eleitoral Estadual, Jorge Navarro, informou ontem que a votação em Tamaulipas não será suspensa. Políticos e analistas pressionam para que as eleições locais sejam mantidas para não enviar um sinal de fraqueza aos cartéis e passar a impressão de que os narcotraficantes têm o poder de tumultuar o processo eleitoral. "Se não houver eleições, as pessoas que cometeram esse ato terrorista terão vencido", afirmou o analista Alberto Islas. Líderes nacionais do PRI, opositores de Calderón, pediram aos mexicanos que não tenham medo da violência e compareçam às urnas no domingo.
Eta blog sangrento!
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