Na janela, mulher empilha folhas de papel:
- inspiração.
Na calçada, homem empilha caixas de papelão:
- ganha-pão.
Na praça, velho empilha cartas de baralho:
- diversão.
Na rua, guarda empilha multas de trânsito:
- infração.
No bar, rapaz empilha engradados de cerveja:
- comemoração.
Na loteria, senhora empilha contas a pagar:
- inquietação.
No templo, jovem empilha folhetos:
- conversão.
No jornal, corpos empilhados em mais uma chacina:
- mundo cão.
Walnize Carvalho
Tem razão!
ResponderExcluirWalnize escreve muito. A realidade quase sempre.Gosto de ler suas porções poéticas.
ResponderExcluirCaro leitor anônimo,
ResponderExcluirObrigada por dividir comigo as fatias do cotidiano.
Walnize Carvalho