O que você vai ser quando crescer? – perguntaram à menina do cacho dourado. E ela prontamente respondera, como aliás, por certo responderiam meninas de cabelos de franja, de rabos de cavalo, de laços de fitas, de toda uma geração igual à dela: - Professora!
E assim foi que o tempo incumbiu-se de fazê-la exercer a profissão profetizada em sua inocência dos sete anos.
Espelhada em doces lembranças como a de ir de mãos dadas para a escola com a mestra que era sua vizinha, ou a de brincar de professora com primos que vinham do interior (com direito a “ditado” e “redação”) sentira que fora boa mestra nos alguns anos que estivera em sala de aula.
O grupo escolar em distrito a vinte e dois quilômetros da cidade, por lá estivera em dias de sol, em dias de chuva e até grávida dos dois filhos sem nunca faltar à doce missão...
Depois várias vocações surgiram em seu caminho: dublê de mãe, de dona de casa, de avó, de contadora de histórias, de poeta...
Com o tempo passando notara que o bom exercício delas, se devia ao fato de que se tornara mais aluna do que educadora.
E, em dias de reflexão, revendo no currículo o campo “habilidades profissionais” percebera que a na Escola da Vida não havia sido reprovada na matéria Boa Vontade e uma forte constatação: sempre tivera VOCAÇÃO para a FELICIDADE.
Valnize Carvalho
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