quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O FAROL

No último fim de semana, os veranistas da praia do Farol presenciaram mais um trágico episódio de violência, onde uma pessoa morreu e outras tantas ficaram feridas.
Após o fato, as especulações acerca dos motivos que ensejaram mais um triste dia, tiveram início. Dentre elas, algumas pessoas elegeram a passagem de um real como o grande fato gerador dos acontecimentos. Ninguém pode negar que o fluxo na praia do Farol cresceu com a redução da passagem. Acho o programa muito bom, pois possibilita aos menos favorecidos, relativa igualdade no que tange ao lazer.
O aumento da violência possui inúmeros fatores, sendo o maior deles, ao meu sentir, o tráfico de drogas. No verão, a praia do farol é a extensão territorial da nossa cidade. O tráfico, o acerto de contas, os roubos e os furtos migram para o balneário.
Os criminosos chegam de ônibus (passagem por um real), mas também vão de carro próprio, roubado; de moto particular ou roubada; de transportes clandestinos, em carros de passeio que se tornaram meio de transporte coletivo e até de barco.
Em todas essas hipóteses, somente a primeira é abrangida pelo projeto da Prefeitura de Campos. Os outros, ou são legais, ilegais ou tolerados pelas autoridades municipais e estaduais.
Com relação à competência em assegurar a proteção dos munícipes, é nítida a responsabilidade do Estado. Entretanto, a Prefeitura não pode ser isentada no que tange a preparação estrutural do verão, principalmente com shows para mais de sessenta mil espectadores. Quais foram as medidas tomadas em parceria com o governo estadual para assegurar um verão seguro no Farol? A constatação da existência vergonhosa de apenas quatro policiais no último Domingo é a prova incontestável da ausência de parceria.
A passagem pelo preço de um real deve continuar. Os mais carentes não podem pagar a conta e serem responsabilizados pela criminalidade crescente. Precisamos de estrutura, segurança e prevenção. Isso realmente não custa um real.

Cláudio Andrade
Artigo de minha autoria publicado no jorna O Diário de hoje.

2 comentários:

  1. Dr. Claudio, vivemos um dos piores momentos quanto à violência e o isolamento social no combate à criminalidade. Polícia Militar nem dá o tom da presença em noites e , nem durante os dias.Na Pelinca, por exemplo, hoje cedo um dos caixas eletrônicos do REAL foi surpreendido com uma tentativa de assalto, uma residência, próxima a esse banco foi visitada por um marginal, às 5:30 mais ou menos. O dia amanhecia. Quando a PM foi acionada , nada pode ser feito porque não teve fato concreto . Quem entende, pergunto eu...Ninguém está aqui cobrando SEGURANÇA integral devido a presença desses profissionais mas, que eles atrapalham a ação criminosa, atrapalham no bom sentido. Precisamos contar com um policiamento mais efetivo nesses bairros mais cobiçados e, até aqui nenhuma autoridade entendeu a justificacativa ora apresentada. Mais um final de semana, a Prefeitura local afirmando que haverá excelente shows em Farol de São Tomé, com TOTAL segurança.Uma inverdade e, aqueles que permanecem na cidade sofrem pelo ausência do policiamento. Pelinca, minha gente, não existe para quem mora nela.

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  2. Caro blogueiro Cláudio Andrade, quero parabenizá-lo pelo pelo espaço para informar, denunciar, cobrar e debater os problemas e soluções para Campos e região.
    Discordo quando você culpa a prefeitura de Campos pela falta de infraestrutura como causa da dos atos de violência ocorridos no Farol na última semana.
    É grande o investimento da prefeitura de Campos em Infraestrutura, lazer, diversão, atendimento médico e social.
    A ausencia do Governo estadual como responsável pela segurança pública no Farol, através da Polícia Militar já é notada há muitos anos pela população local e o Governo do Estado é sim o maior responsável pela falta de segurança nas prais da região.
    Governador Sérgio Cabral, faça a sua parte, trabalhe!

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oi