"...Para o infectologista Alex Botsaris, o problema foi justamente a estratégia do ministério de tratar somente os casos graves com tratamento específico para gripe suína, “enquanto os Estados Unidos trataram todas as pessoas que aparentassem sintomas e conseguiram segurar a mortalidade”.
Edmilson Migowsky, professor de doenças infecciosas da UFRJ, critica outra justificativa do governo brasileiro, de limitar remédios recomendados para a nova gripe, como o Tamiflu, para evitar resistências ao vírus. – Países que liberaram a medicação tiveram redução nas mortes. Na Inglaterra houve resistência ao medicamento, porque os ingleses foram medicados. Então, acontece assim: a Inglaterra fica com a resistência ao medicamento, a gente fica com as mortes. O que é melhor? Não é preciso pensar muito.
- As mortes têm mais a ver com a estratégia de tratar só quem está grave. Como o medicamento para a gripe só age até os dois primeiros dias após aparecerem os sintomas, depois é o organismo do paciente contra o vírus. O quadro se torna grave geralmente neste estágio. Receitar o medicamento somente quando ele já é inócuo é uma das consequências de tratar somente os doentes graves.
Fonte- Belido e JB
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