quinta-feira, 9 de julho de 2009

O SENADO E OS SENADORES.

Os Senadores são eleitos para representarem os Estados. A principal prerrogativa de função é defender os interesses dos entes federativos por onde foram eleitos, mediante o voto popular.

Infelizmente, a situação que vislumbramos hoje é outra. O Senado tornou-se uma área de extremo risco para a ética e os bons costumes. Os ensinamentos oriundos do Senado Federal são péssimos para formação de qualquer um.

São golpes, escândalos, desvios de verba, peculato, formação de quadrilha, amnésias, mentiras, dentre outros atos nefastos que são praticados no Congresso e que envergonham os homens de bem.

Em qualquer país descente, uma denúncia contra um senador, mesmo sem matéria probatória inicial, já é motivo para o congressista se afastar e não querer mais exercer o cargo. O parlamentar sai por livre e espontânea vontade e, muitas vezes, praticam o suicídio.

Aqui em nossa terra os desejos e as vergonhas possuem conotações deploráveis. Quanto mais acusação, maior o desejo de permanecer no cargo. A certeza da impunidade e da chance enorme de ser protegido pelos seus pares são tônicos estimulantes para a manutenção da vil relação de negociatas que criou raízes no Congresso Nacional.

A vergonha perdeu o significado, a mentira o sentido nefasto, o desvio de verba e de moral tornou-se uma ação costumeira e sem antídoto. Opera-se a destruição do erário e pronto. Não há manifestação social ou medida judicial que faça frente aos descalabros patrocinados pelos detentores de mandato.

O Senado Federal se tornou um recinto fétido. O cheiro podre exala nos corredores sem que haja vontade de limpeza ética. Os bons representantes perderam suas falas em meio ao sistema que, só anda, quando as propinas são distribuídas e os conchavos acertados.

Enquanto trabalhamos para honrar nossos compromissos, Sarney e sua gangue empregam mordomos, domésticas, primos, filhas e amantes de forma rasteira. Para nós, só resta lamentar, afinal eles só estão destruindo a reputação do país pela nossa exclusiva culpa.

Cláudio Andrade

Artigo de minha autoria publicado no Jornal O Diário de hoje.

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