sexta-feira, 31 de julho de 2009

MESMO COM O LEITE DERRAMADO E DE BUDAPESTE, EU ODEIO CHICO.

O Chico Buarque está lançando um filme de nome Budapeste que, para os seus fãs, trata-se de mais um momento histórico na carreira do cantor. Lendo acerca da reportagem, lembrei-me de um artigo de minha autoria, publicado no dia 11 de Abril de 2008, no Jornal O Diário, que motivou postagens agressivas e outras elogiosas, inclusive de um Jornal Português.

Diante disso, estou publicando novamente o artigo para o deleite dos adoradores do cantor e daqueles que como eu, odeiam Chico.

EU ODEIO CHICO.


A declaração do humorista do “Casseta”, Marcelo Madureira, que o cineasta Glauber Rocha “era uma merda” sacudiu o Rio de Janeiro. A Família do baiano Glauber ameaçou processá-lo pela sua declaração. Intelectuais e artistas quase divulgaram nota de repúdio.
Lendo a polêmica oriunda da manifestação de Madureira, lembrei! Eu odeio Chico Buarque!. Será que serei processado por isso? Alguns irão me odiar, outros nunca mais irão ler meus artigos e tantos mais enviarão e-mails mal-criados. Mesmo assim, não sou obrigado a gostar do compositor Chico.
Muitos irão dizer: você não conhece a obra dele; por isso, comete essa heresia. Não, não é verdade. Eu não gosto, pois não sou obrigado a idolatrar o ídolo dos outros. Como Marcelo Madureira que detesta o grande Glauber, eu odeio Chico. Suas músicas são uma ‘chatice’ e não me emocionam em nada. Recordações então, nem pensar! (risos).
A MPB (Música Popular Brasileira) possui inúmeros e fabulosos letristas e intérpretes, mas poucos são idolatrados. Isso restringe o campo de escolha daqueles que, sem personalidade, têm vergonha de dizer que odeiam Chico (o chato).
Chico é autor da peça infantil ‘Os Saltimbancos’, que foi traduzida do italiano ‘I musicanti’ e filho do grande historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda. Mesmo assim, não me vejo obrigado a gostar dele.
A revolta dos intelectuais cariocas com Marcelo Madureira é palhaçada pura. São pessoas bobas que também devem odiar Glauber e Chico, mas morrem de medo de serem banidas do ciclo intelectual. Apenas acompanham o fluxo opinativo sem qualquer personalidade.
Os adoradores da MPB parecem um pouco com os católicos fervorosos. Ou amamos os seus amores ou nos resta o limbo. Desejo sucesso eterno ao Chico. Sei que quando ele morrer, será eternizado. Cheio de viúvas, transitará no imaginário de homens e mulheres.
Mesmo assim, merda ou não, ódio ou não, Marcelo e eu temos o direito de proferir nossas opiniões. Graças a Deus que a democracia funciona, pois caso contrário, eu não poderia dizer em alto e em bom tom: eu amo o Djavan!

Cláudio Andrade.

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